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Depois da crise da Evergrande, há mais uma imobiliária chinesa em apuros

Construtora de habitações de Shenzhen viu as ações serem suspensas na bolsa de Hong Kong. Empresa anunciou que uma subsidiária falhou o pagamento de um cupão de dívida em dólares. Teme-se que a Kaiser se torne numa nova Evergrande.

05 de Novembro de 2021 às 11:00
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A crise da Evergrande está a gerar um efeito bola de neve no setor imobiliário na China. A Kaisa, uma construtora de habitações de Shenzhen, viu as suas ações suspensas na bolsa de Hong Kong depois de ter anunciado que uma subsidiária da empresa não pagou o cupão de uma obrigação em dólares.

A Kaisa já tinha alertado que algumas obrigações da empresa não foram reembolsadas a tempo e o CEO da empresa, Ying Shing Kwok, reconheceu que a imobiliária estava a enfrentar "uma pressão sem precedentes sobre a sua liquidez". No entanto, na breve comunicação aos mercados, não foram esclarecidos os motivos da suspensão das ações.

Na semana passada, as agências de classificação de crédito de risco Fitch e S&P baixaram também o rating da Kaisa.

Teme-se que a empresa liderada por Ying Shing Kwok se torne numa nova Evergrande, que está há várias semanas à beira da falência e também suspendeu, temporariamente, a participação na bolsa de Hong Kong, em outubro. 

Como a Evergrande tem falhado no pagamento aos credores em dólares, alimentou o risco de um "default" geral em todo o setor do imobiliário, que acumula 5 biliões de dólares de dívida na mão dos investidores, o equivalente ao PIB (produto interno bruto) do Japão, a terceira maior economia do mundo. 

O setor do imobiliário é responsável por 25% da riqueza da China e há vários anos que enfrenta um forte nível de endividamento, que as autoridades não têm conseguido controlar.

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