Notícia
Custos de construção de habitação nova abrandaram em 2024
A subida média foi de 3,3% no ano passado, comparando com aumento de 3,9% em 2023.
Apesar da manutenção de aumentos significativos nos custos com a mão de obra, a subida de custos globais na construção de habitação nova voltou a abrandar em 2024, mostram os dados de final do ano publicados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No ano passado, em dados provisórios, a subida média de custos para colocar novas casas no mercado terá ficado em 3,3%, abrandando face aos 3,9% de subida apurados no final do ano anterior, indica o INE.
Trata-se de um segundo ano consecutivo de abrandamento após uma forte escalada de custos no pós-pandemia, marcado por uma subida média de 12,2% em 2022.
A perda anual de ritmo na evolução do índice de custos de construção de habitação nova acontece apesar de o último ano ter sido marcado por uma subida média de 8,1% nos custos com mão de obra, ainda ao mesmo ritmo de 2023.
Em contrapartida, os custos com materiais registaram no ano passado uma diminuição de 0,3%, quando no ano anterior registavam uma subida média de 0,9%.
Apesar do abrandamento anual, a segunda metade de 2024 fica marcada novamente por alguma aceleração no índice. Novamente, em dezembro, houve um aumento no ritmo de subida destes custos, num avanço de 4,3% face a igual mês do ano anterior (a variação homóloga foi de 3,4% em novembro).
Contudo, o INE explica que "a aceleração registada deve-se em grande medida ao efeito de base associado às reduções em cadeia que se tinham verificado em dezembro de 2023". Os preços dos materiais aceleraram em dezembro para uma variação homóloga de 0,9% (-0,2% no mês anterior) e o custo da mão de obra aumentou 8,6% (7,9% em novembro).
Em termos mensais, registou-se uma subida de custos global de 0,2%, sendo de 0,3% nos materiais e de 0,1% na componente de mão de obra.