Levantar as colheitas de morangos ou construir uma cidade são os negócios virtuais que permitem à Zynga preparar um investimento que a avalia em perto de 10 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros) e que pode ser um novo passo para uma Oferta Pública Inicial (IPO).

Divulgadas pelo “The Wall Street Journal”, as conversações entre a Zynga, criadora de jogos virtuais como o FarmVille e o CityVille, e os fundos de investimentos T. Rowe Price e a Fidelity Invesments estão num estado avançado e colocam a empresa numa ronda de financiamento de 500 milhões de dólares (368 milhões de euros), que avaliam a firma no referido valor.

A criadora dos jogos de internet deverá, segundo a publicação norte-americana, estar a preparar o caminho para a realização de uma IPO, operação em que coloca à venda acções e que, por conseguinte, a torna uma empresa com capital não privado. O Facebook e o Linkedin estão também a estudar a dispersão de capital em bolsa.

“Se olharmos para as suas recentes acções, é óbvio que eles estão a preparar o caminho para uma IPO”, defende Atul Bagga, da ThinkEquity. Um dos pontos para essa ideia é o facto de ter sido contratado como director financeiro (CFO) um antigo funcionário de um banco de investimento, David Wehener, no passado Julho. A Zynga recusa-se a fazer qualquer comentário sobre esta possibilidade.

As receitas da firma não foram divulgadas, estando estimadas em mais de 500 milhões de dólares, conseguidas pelas vendas de equipamentos virtuais nos jogos que fornece.

Fundada em 2007 pelo CEO Mark Pincus, a Zynga estava ligeiramente dependente do Facebook, plataforma em que se expandiu, estando, no entanto, a tentar tornar-se mais independente, como se percebe pela parceria com outras redes sociais, como o Yahoo, e pela expansão em aplicações para iPhone e iPad, revela o "The Wall Street Journal".