Notícia
Costa admite nacionalização da TAP ou de "outra empresa fundamental para o país"
O primeiro-ministro assegura que o Governo não exclui a nacionalização da TAP ou de "qualquer outra empresa que venha a revelar-se essencial para o país".
A TAP é uma empresa "estratégica" para Portugal e, por isso, o Governo não exclui nacionalizá-la, se for necessário recorrer a esse instrumento para salvar a transportadora aérea. Mas não é a única: "outra empresa que seja absolutamente fundamental para o país", e que esteja em risco de falência devido à crise gerada pela pandemia do coronavírus, poderá ser nacionalizada, admite António Costa.
O primeiro-ministro falava, esta terça-feira, 14 de abril, em entrevista à Rádio Observador. Questionado sobre a possibilidade de nacionalizar a TAP, que atua num dos setores mais impactados pela atual crise, António Costa reiterou a posição que também já foi assumida pelo ministro das Finanças, Mário Centeno. "Não há razão para excluir qualquer instrumento de ação pública que venha a revelar-se necessário", assegurou o primeiro-ministro.
E acrescentou: "Relativamente à TAP, onde o Estado já é acionista, todos nós sabemos que o setor da aviação foi um dos que sofreu de forma mais devastadora esta situação de crise. Sabíamos, também, que já havia vontade de alguns acionistas de alienarem as suas posições. E sabemos que é uma empresa estratégica para o país", resumiu.
A possibilidade estende-se a outras empresas. "Obviamente que não podemos excluir a possibilidade de nacionalizar a TAP ou outra empresa que seja absolutamente fundamental para o país e que não possamos correr o risco de a perder no final desta crise", concluiu.
Montijo é para construir
Durante a mesma entrevista, o primeiro-ministro garantiu, ainda, que o Governo continua a esperar que o calendário para a construção do novo aeroporto da região de Lisboa, no Montijo, seja cumprido como previsto. Isto apesar da quebra na procura turística que é antecipada.
"Haverá, seguramente, uma quebra no turismo nos próximos anos", admite António Costa. Contudo, ressalva, "essa quebra não compromete os cenários de desenvolvimento de infraestruturas, como o novo aeroporto". Esse, assegura, "será sempre essencial, porque, como vimos no ano passado, o crescimento foi muito superior ao que era esperado".
Para além disso, reforçou, "este não é o momento de desinvestir, é o momento de investir". Ao mesmo tempo, "há condições contratuais que são para cumprir" e, por isso, "têm de ser criadas condições institucionais para que isso aconteça".
Assim, as obras de construção do novo aeroporto, que estavam previstas arrancar este ano, deverão manter-se como planeado. "O investimento é exclusivamente privado. Nos contactos que temos tido com a ANA, e não obstante o gigantesco prejuízo que estão a ter, têm-nos transmitido que pretendem manter o calendário como previsto", concluiu António Costa.
O primeiro-ministro falava, esta terça-feira, 14 de abril, em entrevista à Rádio Observador. Questionado sobre a possibilidade de nacionalizar a TAP, que atua num dos setores mais impactados pela atual crise, António Costa reiterou a posição que também já foi assumida pelo ministro das Finanças, Mário Centeno. "Não há razão para excluir qualquer instrumento de ação pública que venha a revelar-se necessário", assegurou o primeiro-ministro.
A possibilidade estende-se a outras empresas. "Obviamente que não podemos excluir a possibilidade de nacionalizar a TAP ou outra empresa que seja absolutamente fundamental para o país e que não possamos correr o risco de a perder no final desta crise", concluiu.
Montijo é para construir
Durante a mesma entrevista, o primeiro-ministro garantiu, ainda, que o Governo continua a esperar que o calendário para a construção do novo aeroporto da região de Lisboa, no Montijo, seja cumprido como previsto. Isto apesar da quebra na procura turística que é antecipada.
"Haverá, seguramente, uma quebra no turismo nos próximos anos", admite António Costa. Contudo, ressalva, "essa quebra não compromete os cenários de desenvolvimento de infraestruturas, como o novo aeroporto". Esse, assegura, "será sempre essencial, porque, como vimos no ano passado, o crescimento foi muito superior ao que era esperado".
Para além disso, reforçou, "este não é o momento de desinvestir, é o momento de investir". Ao mesmo tempo, "há condições contratuais que são para cumprir" e, por isso, "têm de ser criadas condições institucionais para que isso aconteça".
Assim, as obras de construção do novo aeroporto, que estavam previstas arrancar este ano, deverão manter-se como planeado. "O investimento é exclusivamente privado. Nos contactos que temos tido com a ANA, e não obstante o gigantesco prejuízo que estão a ter, têm-nos transmitido que pretendem manter o calendário como previsto", concluiu António Costa.