António Rios de Amorim, CEO da produtora portuguesa de cortiça, admite que 2017 poderá ser outro ano de vendas recorde, depois dos resultados históricos alcançados em 2016.

Numa entrevista à Bloomberg, o presidente executivo da Corticeira Amorim reconheceu que "o objectivo da empresa para as vendas é que sejam superiores às de 2016". O ano passado já marcou um recorde para a líder mundial deste sector, com as vendas a crescerem 6,1% para 641,4 milhões de euros. Já os lucros aumentaram 86,7% face a 2015 para 102,7 milhões de euros, superando as estimativas dos analistas.

Abaixo do esperado foi o dividendo proposto pelo conselho de administração, de 18 cêntimos por acção. Porém, António Rios de Amorim admitiu à Bloomberg, que a empresa poderá fazer uma remuneração extraordinária no final deste ano se a actividade da empresa evoluir "como planeado".

Na entrevista, o responsável reconheceu ainda que a Corticeira Amorim está "muito interessada em levar a cabo aquisições" num sector que está a passar por um processo de consolidação.

As rolhas, que representaram 66% das vendas do ano passado, deverão continuar a ser o principal motor das vendas, admitiu António Rios de Amorim, que adiantou também que a empresa não tem planos para aumentar o free float dos actuais 25%.

Esta quarta-feira, dia em que apresentou resultados, a Corticeira Amorim subiu 1,03% para 9,82 euros, tendo chegado a negociar em máximos de Outubro do ano passado. Hoje, os títulos desceram 1,21% para 9,65 euros.