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Corticeira Amorim em máximos históricos após Haitong rever preço-alvo em alta

As acções da Corticeira Amorim estão a negociar em máximos históricos após o Haitong ter revisto o preço-alvo da cotada para 12 euros.

Paulo Duarte/Negócios
04 de Abril de 2017 às 13:02
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O Haitong emitiu uma nota de análise onde reviu em alta o preço-alvo da Corticeira Amorim. Para o banco de investimento o preço-alvo da empresa liderada por António Rios de Amorim (na foto) é de 12 euros. Em bolsa, o título tem estado a ganhar terreno tendo já tocado em máximo histórico na actual sessão. As acções sobem 4,15% para 10,67 euros – o valor mais elevado de sempre.

A liquidez do título está próxima da média diária dos últimos seis meses. Esta terça-feira, 4 de Abril, já trocaram de mãos mais de 61 mil acções, quando a média diária dos últimos seis meses é superior a 68 mil títulos.

O desempenho positivo da empresa verifica-se desde o início do ano, registando já um crescimento de 24,59% desde 1 de Janeiro de 2017. A Corticeira Amorim conta com uma capitalização bolsista de mais de 1.408 milhões de euros e desde 2007 as acções dispararam mais de cinco vezes.


A empresa liderada por António Rios de Amorim fechou 2016 com um resultado líquido de 102,7 milhões de euros - o melhor registo de sempre – que representa uma subida de 86,7% face ao ano anterior. Perante estes números, e antes de a empresa de cortiça apresentar os seus resultados relativos ao primeiro trimestre, o Haitong, numa nota de "research" a que o Negócios teve acesso, decidiu subir o preço-alvo da cotada para 12 euros, o que representa uma subida de 9%.


O banco de investimento, na nota que é assinada por Nuno Estácio, reitera que a Corticeira Amorim é uma das "balas de prata" para o Haitong. E relativamente aos resultados do primeiro trimestre é defendido que devem "continua a demonstrar um bom momento da indústria".


"A unidade de rolhas de cortiça deve ter outro ano de crescimento à medida que ganha quota de mercado e o sector vinícola é fundamental para continuar a apoiar [esse crescimento]. Pensamos também que [a unidade] de revestimentos de chão e de parede vão ter outro ano de recuperação à medida que a unidade tenta alcançar níveis de EBITDA registados em 2013/2014, antes de ter sido atingida pela crise do mercado russo", pode ler-se na nota.

O Haitong aponta que uma das situações que pode levar a uma subida da cotação da Corticeira Amorim são as perspectivas macroeconómicas para a Europa que indiciam uma recuperação do sector da construção. Outro será as fusões e aquisições.




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