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Constituições de empresas crescem 29% e insolvências 3,7% no primeiro trimestre

A constituição de empresas subiu 29% no primeiro trimestre do ano. Já as insolvências aumentaram 3,7% no mesmo período, com 1.324 empresas a fechar, revelam os dados da Iberinform.

A indústria têxtil é uma das que se queixa da alteração de condições nos seguros de crédito.
Paulo Duarte
07 de Abril de 2022 às 19:13
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As constituições de empresas aumentaram 29,2% nos primeiros três meses do ano, com um total de 13.417 novas empresas. Só em março, foram constituídas mais 428 empresas, o que reflete um aumento de 11,1% em termos homólogos.


O número mais significativo de empresas criadas, tendo em conta a distribuição geográfica, verificou-se em Lisboa, com 4.403, um disparo de 52,3% em termos homólogos, e no Porto, com 2.225 empresas, mais 10,4% face há um ano. Nota para o distrito de Setúbal, com o terceiro lugar deste pódio, com um aumento homólogo de 40,9%, o equivalente a mais 1.020 empresas.


Em sentido contrário, registou-se uma variação negativa na Horta, que decresce de 32 para 23 constituições, menos 28,1% em termos homólogos, seguida por Bragança, que passou de 142 constituições há um ano para 121, menos 14,8%. 


Os setores com maior variação positiva na criação de empresas foram os transportes, com 102,7%, hotelaria e restauração, com 63,2%. A indústria extrativa e o comércio a retalho foram os únicos setores com variação negativa nos três primeiros meses do ano, com recuos de 50% e 9,9% em termos homólogos.


As insolvências aumentaram 3,7% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2021. Nos primeiros três meses de 2022, foram registadas 1.324 empresas insolventes, indicam estes dados.


Este é o valor acumulado mais elevado no primeiro trimestre entre os últimos três anos. Março foi o mês com mais insolvências, com um total de 468. Feitas as contas, este número representa um aumento de 9,1% face ao mesmo mês de 2021.


O comunicado ressalva que, ainda assim, este aumento das insolvências traduz "fundamentalmente um aumento no número de processos concluídos já que as declarações de insolvência requeridas por terceiros diminuíram 17,6% no primeiro trimestre face a 2021 (menos 46 pedidos), enquanto às apresentações à insolvência pelas próprias empresas tiveram uma redução de 3,1% (menos oito pedidos)." 


Os encerramentos com plano de insolvência também baixaram 12,5% face a 2021. De janeiro a março de 2022 foi declarada a insolvência de 850 empresas, mais 102 do que em igual período do ano passado.


Os distritos de Lisboa e do Porto mantêm as suas posições de liderança nas insolvências,  com 347 e 335, respetivamente. Braga surge na terceira posição em valores absolutos, com 126 insolvências. Face a 2021, verifica-se um aumento de 15,3% em Lisboa (mais 46 insolvências), uma diminuição de 3,7% no Porto (redução de 12 insolvências) e uma redução de 13,7% no distrito de Braga (menos 20 insolvências), indicam estes dados. 

 

Os maiores números de insolvências foram registados nas atividades de comércio de veículos, com 42,4%, seguido por outros serviços, com 12%. O setor das telecomunicações teve o maior recuo no número de insolvências em termos homólogos, com 66,7%, seguida pela indústria extrativa, com 50%. Nota também para a diminuição das insolvências no setor  da construção e obras públicas (-4%), comércio por grosso (-3,2%), hotelaria e restauração (-6,3%) e os transportes (-1,9%).

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