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Cláudia apresenta contas da Sonae vestida com as cores da Ucrânia e fecha negócios na Rússia
A CEO da Sonae apareceu na sua primeira apresentação presencial de contas do grupo, que decorre esta quinta-feira, com um blazer azul e uma camisa amarela, em apoio à Ucrânia. “Uma guerra imposta a um país soberano sem qualquer motivo legítimo”, considera a empresária.
"Europa está a enfrentar uma guerra. Uma guerra imposta a um país soberano sem qualquer motivo legítimo. Uma guerra que está a causar sofrimento a milhões de pessoas inocentes. Fiéis aos nossos princípios e aos compromissos estabelecidos por várias organizações internacionais às quais pertencemos, faremos a nossa parte na defesa dos valores da democracia e da paz, apoiando os mais afetados por este conflito", escreve Cláudia Azevedo na carta que acompanha o comunicado das contas da Sonae de 2021, publicado hoje na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na sequência desta declaração de apoio à Ucrânia, a CEO da Sonae chegou vestida com as cores da bandeira ucraniana à sua primeira conferência de imprensa presencial de apresentação de contas do grupo, que decorre esta quinta-feira, 17 de março.
"Foi uma homenagem aos nossos trabalhadores ucranianos", assumiu Cláudia Azevedo, que revelou que o grupo está a criar uma plataforma de apoio a refugiados ucranianos que visa facilitar a sua integração em Portugal.
Questionada sobre se a Sonae tem negócios na Rússia e na Ucrânia, afiançou que o grupo não tem operações em território ucraniano, enquanto no país liderado por Putin tinha apenas uma filial da Losan, de roupa infantil, que receberam ordem de encerramento.
"Tínhamos contratos com distribuidores de roupa para criança e simplesmente fechámos. Deixamos de enviar roupa", frisou Cláudia Azevedo.
O lucro da Sonae foi de 268 milhões de euros em 2021, contra 71 milhões em 2020 – o melhor resultado dos últimos oito anos, o sendo que a Maxmat na MC e a Bizdirect na Bright Pixel foram classificadas como detidas para venda, tendo todos os períodos de 2020 e 2021 sido reexpressos para as incluir como operações descontinuadas.
Já o volume de negócios consolidado ascendeu a 7.023 milhões de euros, o que constituiu um valor recorde e um aumento de 5,3% face ao ano de 2020.