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Centro comercial da Sonae Sierra em Espanha vai fechar (act.)
Processo de insolvência iniciado em Janeiro levou tribunal de Madrid a decidir pelo fecho do Avenida M40. "Somos completamente alheios às decisões que possam vir a ser tomadas sobre o destino do imóvel", diz a Sonae Sierra.
26 de Agosto de 2010 às 13:15
Avenida M40 |
Shopping em Madrid custou 68 milhões. |
O centro comercial espanhol Avenida M40, que se transformou em Janeiro no primeiro caso de insolvência do grupo Sonae Sierra, deverá nos próximos dias fechar as portas, em cumprimento de uma decisão judicial segundo a qual a continuação da actividade do "shopping" apenas levaria ao agravamento da situação deficitária da exploração.
Fonte oficial da Sonae Sierra esclareceu ao Negócios que o grupo já não está envolvido nas decisões relativas ao M40. "Actualmente as decisões estão a ser tomadas pelo gestor judicial e de acordo com o tribunal. Os antigos proprietários [Fundo Sierra] já não estão envolvidos nestas decisões", refere a Sonae Sierra.
"Neste sentido, somos completamente alheios às decisões que possam vir a ser tomadas sobre o destino do imóvel, uma vez que as decisões sobre o centro são tomadas no âmbito do processo de insolvência, pelo gestor judicial e pelo tribunal", acrescenta a empresa portuguesa.
Trata-se de um centro comercial com 48 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), que chegou a ter inquilinos como a Zara, Bershka, Massimo Dutti e Pull & Bear, assim como um supermercado da cadeia Eroski, que ocupava sozinho 14 mil metros quadrados do "shopping".
Inaugurado em 2004, o centro comercial custou mais de 68 milhões de euros. Detido pelo Fundo Sierra, controlado a 50,1% pela Sonae Sierra, o empreendimento começou a ter problemas devido à forte concorrência na região de Madrid. A poucos quilómetros de distância localizam-se outros dois centros comerciais.
Quando o Avenida M40 entrou em insolvência, tinha uma dívida superior a 30 milhões de euros, correspondente a um empréstimo vencido que a administração do Fundo Sierra não conseguiu prorrogar. O "Expansión" refere que o centro comercial chegou a ser analisado por um grupo chinês, que acabou por se desinteressar.
Em Janeiro a Sonae Sierra classificava esta insolvência como "uma excepção". A empresa portuguesa explicava na altura que este centro comercial madrileno tem tido uma "queda continuada de número de visitas e vendas de lojistas". "Esta evolução negativa deveu-se, em primeira linha, à excessiva concentração de centros comerciais concorrentes na sua área de influência no Sul de Madrid agravada, em segunda linha, pelos efeitos da actual crise económica", referia a Sonae Sierra.