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Candidatos à privatização da EGF vão ter mais tempo para contestar relatório da Parpública

O relatório da Parpública sobre a EGF elege a proposta da Mota-Engil como a melhor. A espanhola FCC terá contestado o relatório do Estado, o que causou o alargamento da audiência prévia.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Setembro de 2014 às 15:41
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Os candidatos à privatização da EGF - Empresa Geral de Fomento vão ter mais tempos para contestar o relatório da Parpública e pelas Águas de Portugal (AdP).

 

A decisão foi tomada esta quinta-feira, 4 de Setembro, pelo Governo em Conselho de Ministros e prevê que o prazo se estenda do final desta semana até ao início da próxima.

 

Teve início no final da passada semana, o período de audiência prévia aos concorrentes à compra da gestora de resíduos, antes do Governo decidir quem vai ficar com a EGF.

 

"O prazo da audiência prévia foi prorrogado, para o início da próxima semana e não para o final desta semana", disse esta quinta-feira, 4 de Setembro, o ministro do Ambiente (na foto) após o Conselho de Ministros.

 

Questionado se o alargamento do prazo se devia a um empate técnico entre as concorrentes, Moreira da Silva rejeitou essa hipótese. O adiamento não se deveu a "qualquer questão de conteúdo na avaliação das propostas", mas por um concorrente ter "solicitado toda a documentação relativa a todos os candidatos", sublinhou.

 

"Com essa decisão, da Parpública e da AdP de facultar as propostas de todos os candidatos aos outros candidatos, isso envolveu a prorrogação do prazo", acrescentou o governante.

 

O Diário Económico avançou na quarta-feira, 3 de Setembro, que a espanhola FCC, candidata à privatização, contestou o relatório da Parpública sobre a EGF, por este recomendar a atribuição "imediata" da EGF à Mota-Engil.

 

Nesse relatório do Estado, a que o Negócios teve acesso, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins surge melhor posicionada na compra da EGF. Primeiro, pelo preço oferecido (149,9 milhões contra os 145,3 milhões da FCC). 

 

Outro dos pontos em que o grupo português (através da SUMA) também surge em destaque é no conforto financeiro, por ter 13 declarações de instituições financeiras, com 11 a serem compromissos de financiamento com aprovação de crédito.

 

A FCC tem 12 declarações, mas só uma é um compromisso de financiamento com crédito já aprovado. Por outro lado, os espanhóis lideram no cumprimento de objectivos ambientais.

 

Das quatro propostas vinculativas à compra da EGF, só foram aceites três: Mota-Engil, FCC e a DST. De fora ficou a belga Indaver.

 

O relatório da Parpública e da AdP elegeu a proposta da Mota-Engil como a melhor, seguida pela da FCC e com a DST em último.

 

O Governo deverá anunciar ainda durante o mês de Setembro o vencedor da privatização da EGF.

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