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Ministro do Ambiente reafirma que privatização da EGF será decidida este mês
Moreira da Silva está confiante de que a venda da gestora de resíduos será decidida em Conselho de Ministros este mês, apesar das acusações que vêm sendo trocadas entre os principais concorrentes, a FCC e a Mota-Engil.
O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, reiterou esta segunda-feira, 15 de Setembro, que o processo de privatização da EGF – Empresa Geral de Fomento será concluído ainda este mês, apesar da extensão do período de audiência prévia aos concorrentes, no qual os investidores interessados na gestora de resíduos tiveram oportunidade de se pronunciar sobre o relatório preliminar da Parpública.
"A privatização será decidida, assim espero, até ao final do mês", declarou Jorge Moreira da Silva após a apresentação do Compromisso para o Crescimento Verde, em Lisboa. O ministro do Ambiente não esclareceu, no entanto, se a escolha do comprador será feita já no Conselho de Ministros desta semana ou da próxima.
O governante não quis pronunciar-se sobre os argumentos que os dois principais concorrentes, a Mota-Engil (através da SUMA) e a FCC, têm invocado nos últimos dias para valorizar as suas propostas. Recorde-se que na avaliação da Parpública a Mota-Engil foi classificada em primeiro lugar, tendo apresentado uma oferta de compra da EGF no valor de 149,9 milhões de euros, contra 145,3 milhões da FCC.
Esta segunda-feira o "Diário Económico" revela que a FCC pediu à Parpública a desclassificação da SUMA, por alegadamente não ter um compromisso de aprovação da aquisição por parte do seu accionista e por os compromissos de financiamento serem válidos apenas por três meses, em vez dos 12 meses exigidos no caderno de encargos.
Jorge Moreira da Silva não comentou, em particular, as acusações recíprocas que os dois principais concorrentes à EGF têm feito. "Encaro com naturalidade a argumentação dos candidatos. É normal que todos queiram vencer", declarou o ministro do Ambiente.
Para o governante, a disputa em torno da EGF comprova o interesse deste activo e a capacidade do Executivo na preparação da venda. "A circunstância de até ao fim esta privatização ser tão competitiva é significativa: o Governo fez o seu trabalho de casa", concluiu Moreira da Silva.