O BPI vai propor a realização de um aumento de capital reservado a accionistas, ao preço de 1,75 euros por acção, com o objectivo de financiar o «crescimento e a racionalização» do grupo, devendo a operação gerar um encaixe de 200,25 milhões de euros, anunciou o banco.

O conselho de administração do BPI [BPIN] vai levar à próxima assembleia geral de accionistas, marcada para 3 de Abril, uma proposta de «realização de um aumento de capital dos actuais 645,625 milhões de euros para os 760 milhões de euros», segundo a mesma fonte.

A operação será realizada através da emissão de até 114.375.000 novas acções, que poderão ser subscritas pelos accionistas do banco pelo valor unitário de 1,75 euros cada.

O encaixe, que ascenderá aos 200,2 milhões de euros caso a operação seja integralmente subscrita, destina-se a «financiar o crescimento e a racionalização do Grupo BPI».

O presidente do BPI, Artur Santos Silva (na foto), havia adiantado, na apresentação dos resultados referentes a 2001, que o banco não previa realizar um aumento de capital no decorrer deste ano, tendo afastado também a hipótese de realizar investimentos no estrangeiro.

O último aumento de capital realizado pelo BPI datava de Novembro de 2000.

De acordo com o comunicado divulgado hoje «as acções representativas deste aumento de capital terão direito à totalidade do dividendo que vier a ser distribuído em relação ao exercício de 2002».

No que respeita ao exercício de 2001, o BPI vai propor aos seus accionistas a distribuição de um dividendo de 0,09 euros por acção, um valor que «é igual ao do ano anterior e corresponde a um payout de 44% do lucro consolidado de 2001».

O montante global a distribuir em dividendos corresponde a 58,11 milhões de euros, face aos resultados líquidos de 133,2 milhões de euros atingidos em 2001, menos 12,5% que no ano anterior.

As acções do BPI encerraram hoje a cair 3,89% para os 2,47 euros.