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Banco de Amorim no Brasil com lucros de 2,8 milhões no primeiro semestre

Há seis semestres consecutivos que o Banco Luso-Brasileiro regista resultados positivos. Na primeira metade deste ano, a instituição detida em 43% pelo grupo Amorim obteve mais lucros do que no semestre anterior mas menos do que no mesmo período do ano passado.

O grupo Amorim, que é presidido por Paula Amorim, detém 43% do capital do Banco Luso-Brasileiro. Paula Nunes
03 de Outubro de 2017 às 16:02
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Desde Janeiro de 2012, quando o grupo Amorim tomou um terço do capital do Banco Luso-Brasileiro (BLB), a instituição sediada na cidade brasileira de São Paulo acumulou cerca de 100 milhões de reais (26,9 milhões de euros ao câmbio actual) de prejuízos em dois anos e meio.

 

Após cinco semestres a perder dinheiro, o BLB completou seis semestres consecutivos de resultados positivos. Na primeira metade deste ano, o banco obteve um lucro líquido de 10,5 milhões de reais (2,8 milhões de euros), ligeiramente acima dos 9,2 milhões de reais (2,5 milhões de euros) registados no semestre anterior mas abaixo dos 14,8 milhões de reais (quatro milhões de euros) verificados no mesmo período do ano passado.

 

"Este facto evidencia que a reestruturação do banco empreendida em 2012, com a entrada de novos accionistas, a implantação de uma nova governança corporativa e de um novo modelo de negócio, foi bem-sucedida e continua produzindo bons resultados", realça a administração do banco.

 

No final de Junho passado, o activo total do BLB atingia os 1,23 mil milhões de reais (249,1 milhões de euros), dos quais 926 milhões (249 milhões de euros) correspondiam à carteira de crédito.

 

Este último indicador traduz um recuo de 3,3% face ao valor da carteira registado no final de 2016, "situação que ocorre pela primeira vez na história recente do banco", o que, no entender da equipa de gestão do BLB, "reflecte o ambiente económico desafiador que o país atravessa".

 

O produto bancário cresceu 54% face ao semestre homólogo do ano passado, tendo "superado largamente o patamar dos 50 milhões de reais [13,5 milhões de euros] pela primeira vez na história do banco".

 

Já o indicador de crédito vencido, acima de 60 dias, situou-se em 2,1%, "evidenciando uma significativa melhoria com relação quer ao semestre homólogo (5,6%) quer em relação a Dezembro de 2016 (4,3%)".

 

O relatório da administração do BLB sublinha ainda "o importante esforço de provisionamento efectuado no semestre - mais de 15 milhões de reais [quatro milhões de euros] -, a reflectir a deterioração de risco da carteira, em função da conjuntura económica negativa que o país atravessa", explica no documento a que o Negócios teve acesso.

 

A gestão do BLB afiança que irá prosseguir com "a aplicação do seu modelo de negócio, centrado no segmento dos transportes colectivos, complementado pelas empresas ‘middle market’ e pelo câmbio, objectivando a sua consolidação e um crescimento sustentado".

 

De resto, promete manter o BLB com "uma postura conservadora, permanecendo pouco alavancado nas operações activas e sem tomar posições de risco na tesouraria, focando na manutenção da liquidez e níveis de rentabilidade adequados".

 

O grupo brasileiro dono da Caio Induscar e o português grupo Amorim detêm actualmente 43% do capital do BLB cada, estando os restantes 14% nas mãos da Lusopar, que é propriedade da família Tavares de Almeida, fundadora do banco.

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