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Banco da família Amorim no Brasil com menos lucros no primeiro semestre

O Banco Luso-Brasileiro fechou os primeiros seis meses deste ano com lucros de 1,64 milhões de euros, menos 788 mil euros do que em igual período do ano passado, tendo reconhecido uma dívida judicial de 2,1 milhões.

410 Milhões de euros. No universo Amorim, o ano foi também de ganhos. As participações na Galp Energia - a Amorim Energia controla 33,34% da Galp, dos quais 55% são imputados à família Amorim - e na Corticeira Amorim renderam, entre valorizações em bolsa e dividendos, 410 milhões de euros. O investimento na Galp deu ganhos de quase 213 milhões de euros. A petrolífera portuguesa terminou o último ano a subir 8%, enquanto a Corticeira Amorim disparou mais de 21%.
Paula Amorim, presidente do grupo Amorim, que detém 43% do capital do Banco Luso-Brasileiro.
10 de Outubro de 2018 às 17:09
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Há oito semestres consecutivos que o Banco Luso-Brasileiro (BLB) obtém resultados positivos, depois de ter acumulado cerca de 100 milhões de reais (23,2 milhões de euros) de prejuízos nos 30 meses posteriores à tomada pelo grupo Amorim de um terço do capital da instituição (hoje tem 43%), em Janeiro de 2012.

 

Um histórico que ainda pesa nas contas do BLB, que continua sem distribuir dividendos.

 

Entretanto, o BLB fechou os primeiros seis meses deste ano com um resultado líquido de 7,1 milhões de reais (1,64 milhões de euros), menos 3,4 milhões (788 mil euros) do que em igual período do ano passado.

 

No final de Junho passado, o activo total do BLB atingia os 1,4 mil milhões de reais (324 milhões euros), mais cerca de 100 milhões de reais (23,2 milhões de euros) face ao final de 2017.

 

"Esta evolução evidencia que a reestruturação do banco, iniciada em 2012 com a entrada de novos accionistas, a implantação de uma nova governança corporativa e de um novo modelo de negócios, foi bem-sucedida e vem apresentando bons resultados ano após ano", conclui a administração do banco.

 

Em resultado da queda homóloga em 7,1% do produto bancário, o lucro antes dos impostos e participações sobre o lucro do primeiro semestre deste ano totalizou 17,4 milhões de reais (quatro milhões de euros), menos 8,7% menos do que há um ano.

 

O BLB explica que o produto bancário caiu no primeiro semestre de 2018 "em virtude do reconhecimento de dívida judicial" de 9,1 milhões de reais (2,1 milhões de euros).

 

"Incertezas políticas" determinam "postura conservadora"

No relatório da administração sobre as contas do BLB entre Janeiro e Junho passados, a equipa de gestão afirma que o banco "prosseguirá com o desenvolvimento do seu modelo de negócio, centrado no segmento dos transportes colectivos, complementado pela actuação junto a empresas do ‘middle market’ e pelas operações de câmbio, objectivando a sua consolidação e um crescimento sustentado".

 

Por outro lado, "em face das incertezas políticas que resultam de 2018 ser um ano de eleições", a administração garante que a instituição estará igualmente focada "em preservar um elevado nível de liquidez e numa política de concessão de crédito conservadora".

 

De resto, acrescenta, "a captação de recursos continuará sendo um factor crítico de sucesso para o desenvolvimento da actividade da instituição, mantendo-se em curso iniciativas que visam ao alargamento da base e à diversificação das fontes de financiamento".

 

Por fim, "será mantida uma postura de capital conservadora, permanecendo pouco alavancado nas operações activas e sem tomar posições de risco na tesouraria, focando na manutenção da liquidez e assegurando níveis de rentabilidade adequados", garante a administração do BLB.

O grupo brasileiro dono da Caio Induscar e o grupo Amorim detêm actualmente 43% do capital do BLB cada, estando os restantes 14% nas mãos da Lusopar, da família Tavares de Almeida, fundadora do banco.

 

O BLB apresenta-se como "um banco múltiplo, especializado na concessão de créditos e serviços para empresas de médio porte, sendo reconhecido pelo seu profundo conhecimento do sector de transportes colectivos, que é o ‘carro-chefe’ da sua actuação mercadológica".

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