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Banco do grupo Amorim no Brasil acumula lucros mas ainda não dá dividendos

Após acumular 23,7 milhões de euros de prejuízos em 30 meses, o banco do grupo Amorim no Brasil fechou o último exercício, pelo quarto ano consecutivo, em terreno positivo. O Luso-Brasileiro teve lucros de 4,8 milhões de euros em 2017, mas continua sem pagar dividendos.

Paula Amorim, presidente do grupo Amorim, que detém 43% do capital do Banco Luso-Brasileiro. Paula Nunes
08 de Maio de 2018 às 19:01
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O Banco Luso-Brasileiro (BLB) consolidou em 2017 a melhoria de resultados iniciada no segundo semestre de 2014, tendo fechado o último exercício com lucros de 20,2 milhões de reais (4,8 milhões de euros), contra 24 milhões no ano anterior (5,7 milhões de euros).

 

O BLB regista assim quatro anos consecutivos de resultados positivos, depois de ter acumulado cerca de 100 milhões de reais (23,7 milhões de euros) de prejuízos nos 30 meses posteriores à tomada pelo grupo Amorim de um terço do capital do banco (hoje tem 43%), em Janeiro de 2012.

 

Um histórico que pesa nas contas do BLB, pelo que ainda não foi desta que a instituição remunerou os seus accionistas. "Não ocorreu distribuição de dividendos no exercício de 2017", lê-se no relatório da administração do banco.

 

O grupo brasileiro dono da Caio Induscar e a Amorim detêm actualmente 43% do capital do BLB cada, estando os restantes 14% nas mãos da Lusopar, da família Tavares de Almeida, fundadora do banco.

 

No final de 2017, o activo total do BLB atingia os 1,3 mil milhões de reais (306 milhões de euros) - o que representou um crescimento de 12% em relação ao ano anterior -, dos quais mil milhões (241,9 milhões de euros) correspondiam à carteira de crédito líquida.

 

Já o produto bancário cresceu 30% face ao registado em 2016, tendo superado o patamar dos 100 milhões de reais (23,7 milhões de euros).

 

"Esta evolução evidencia que a reestruturação do banco, iniciada em 2012, com a entrada de novos accionistas, a implantação de uma nova governança corporativa e de um novo modelo de negócio, foi bem-sucedida e vem consolidando bons resultados ano após ano", conclui a administração do BLB.

 

Postura conservadora "em face das incertezas políticas"

 

De resto, garante a equipa de gestão do BLB, "o banco prosseguirá com a aplicação do seu modelo de negócio, centrado no segmento dos transportes colectivos, complementado pelas empresas ‘middle market’ e pelo câmbio, objectivando a sua consolidação e um crescimento sustentado".

 

Por outro lado, "em face das incertezas políticas que resultam de 2018 ser um ano de eleições", o BLB sublinha que estará igualmente focado "em preservar um elevado nível de liquidez e uma política de concessão de crédito conservadora".

 

Por fim, remata, "será mantida uma postura conservadora, permanecendo pouco alavancado nas operações activas e sem tomar posições de risco na tesouraria, focando na manutenção da liquidez e assegurando níveis de rentabilidade adequados".

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