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ATM defende existência de contrapartida em “cash”

A ATM diz que a fusão do BPI com o BCP, que prevê apenas a troca de acções, poderá ser concretizada com uma contrapartida em dinheiro ou mista, o que iria aumentar o incentivo dos accionistas do BCP para aceitarem as condições de troca. Assim, a operação

29 de Outubro de 2007 às 11:37
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A ATM diz que a fusão do BPI com o BCP, que prevê apenas a troca de acções, poderá ser concretizada com uma contrapartida em dinheiro ou mista, o que iria aumentar o incentivo dos accionistas do BCP para aceitarem as condições de troca. Assim, a operação ficaria revestida da forma de uma OPA.

A ATM - Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais publicou hoje uma análise à fusão entre o Banco BPI [BPIN] e o Banco Comercial Português (BCP) [BCP].

Diz que a criação do Banco Millennium BPI permitirá a criação de um banco com "dimensão internacional", o que é "positivo quer para os investidores, para o mercado ou para o país".

Segundo a ATM, a fusão deverá originar sinergias anuais na ordem dos 200 milhões de euros, que podem "ser partilhadas por os accionistas de ambas instituições graças ao modelo de fusão proposto".

Por isso, afirma que o negócio "parece-nos justo para os accionistas de ambas as partes".

No entanto, a ATM afirma que se terá de ter em conta que o BCP tem estado a negociar com um PER (rácio da cotação sobre os lucros por acção) 26,4% acima do sector, reflectindo um prémio especulativo de fusões e aquisições "que não é pago nesta proposta, já que este modelo não exige um prémio de controlo".

"O facto de não existir esse prémio esperado pelo mercado, pode ser uma motivação ao aparecimento de uma oferta concorrente", que, se com uma contrapartida em dinheiro ou mista, "resultará num forte incentivo aos accionistas para que aceitam essa eventual nova proposta", defende a associação.

"Somos da opinião que os accionistas do BCP deveriam ter alternativa de uma contrapartida em dinheiro, revestindo a operação da forma de uma oferta publica de aquisição (OPA), na medida em que uma fusão tem menos mecanismos de defesa de protecção dos interesses minoritários que uma OPA", acrescenta.

A ATM termina a análise com uma recomendação: "faz todo o sentido estratégico que os accionistas do BPI, que acreditem que a operação de fusão terá sucesso, vendam as suas acções para comprarem acções do BCP".

Dessa forma "continuam a garantir a sua posição no BPI após a fusão, beneficiando de uma eventual revisão em alta das condições propostas aos accionistas do BCP ou de uma eventual OPA concorrente a esta oferta de fusão".

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