No primeiro semestre deste ano a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais de Consumo (DGAIEC) efectuou apreensões de 487.817 produtos contrafeitos, avaliados em mais de dois milhões de euros, anunciou o Ministério das Finanças.

Segundo dados hoje avançados, no primeiro semestre de 2005 foram efectuadas 133 apreensões, envolvendo 487.817 artigos, num valor que se eleva a cerca de 2,09 milhões de euros.

Têxteis, isqueiros, peças para telemóveis, óculos, rosas, calçado de desporto, jogos electrónicos, peças para automóveis foram alguns dos artigos contrafeitos apreendidos.

Os dados para o primeiro semestre deste ano já superam o valor dos artigos empreendidos em 2003 (1,78 milhões de euros) e ascendem a mais de metade do verificado em todo o ano passado (3,06 milhões de euros).

No total, desde o início de 2003, as Alfândegas portuguesas efectuaram 277 apreensões das quais resultou a apreensão de 1.052.696 unidades de mercadorias de diversa natureza, cujos preços de mercado ascendem a cerca de 7 milhões de euros.

Segundo dados avançados pelo comunicado do Ministério das Finanças, a contrafacção de produtos representa já entre 5 a 7% do comércio mundial e origina prejuízos anuais de 450 mil milhões de euros, para além de colocar em perigo 200 mil postos de trabalho em todo o mundo, metade dos quais na Europa.

A DGAIEC diz ainda que participou no passado mês de Maio, em conjunto com outros estados membros da UE, numa operação conjunta coordenada pelos serviços da Comissão Europeia.

Nesta operação, denominada «Fake», a DGAIEC «apreendeu quantidades consideráveis de mercadorias contrafeitas de diversa natureza, nomeadamente caixas de DVD, óculos, jogos electrónicos e relógios».