As acções da Brisa registaram hoje a cotação mais elevada de sempre, tocando os 6,63 euros, com os títulos a serem suportados pela notícia de que a empresa saiu do capital da Autoestrade e com a perspectiva de ganhos através da Via Verde Portugal.

A operadora de auto-estradas anunciou hoje ter chegado a acordo com a Acesa para vender a posição indirecta que detém na Autoestrade. Em comunicado, a empresa refere que a Brisa Internacional acordou com a Abertis Infraestructuras a alienação, à Abertis Itália, das acções que detém na Schemaventotto, sociedade que controla a Autoestrade.

A operação deverá render à empresa portuguesa um total de 23,77 milhões de euros, a que corresponde uma mais-valia de 17,4 milhões de euros. Os analistas consideram a notícia positiva para o título, referindo, no entanto, que os valores em questão merecem pouco destaque.

«Uma vez que o ‘book value’ desta participação é de 6,6 milhões de euros, a mais valia é de 17,4 milhões de euros (ou 0,4% da capitalização bolsista), é consequentemente pouco significativa».

A valorização registada hoje está suportada também pela perspectiva de bons resultados da empresa no resto do ano, sobretudo se as auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT) passarem a utilizar o sistema Via Verde.

Numa nota de «research», os analistas do BPI consideraram que esta situação seria positiva para a Brisa, já que a empresa controla 75% da Via Verde Portugal.

«Se o sistema Via Verde for realmente implementado, virá aumentar as fontes de receita da empresa e massificará o sistema», escreveu o analista Tiago Veiga Anjos.

As acções seguiam nos 6,63 euros, com 827 mil títulos negociados.