A Sporting SAD terminou os primeiros nove meses do exercício 2018/2019 com prejuízos de 5,9 milhões de euros, valor que compara com lucros de 1,1 milhões em igual período na temporada 2017/2018, indicou esta sexta-feira a sociedade anónima desportiva "leonina".

O volume de negócios cresceu 5%, para 109,8 milhões de euros, graças à venda de direitos desportivos, destacando a SAD as vendas dos "passes" de Piccini e os acordos com o Bétis de Sevilha e com o Wolverhampton relativamente a William Carvalho e Rui Patrício, respetivamente.

Contudo, indica a SAD, "este volume de negócios não foi suficiente para cobrir todos os gastos da sociedade".

Os rendimentos e ganhos operacionais decresceram em 12, 2 milhões de euros, devido aos menores prémios pela participação na Liga Europa, quando na época anterior o Sporting tinha disputado a Liga dos Campeões.

Os gastos operacionais reduziram-se em 257 mil euros, uma queda de 0,3%, tendo os gastos com pessoal sido reduzidos em 4,1 milhões de euros, uma descida de 7,2%.

A SAD sublinha que o activo aumentou 37,1 milhões de euros, tendo o passivo crescido 45,3 milhões de euros. Os capitais próprios mantêm-se negativos "no valor de 21,4 milhões de euros". Os aumentos, quer no ativo quer no passivo, estão "directamente relacionados com a operação de titularização de créditos concluída no final do corrente trimestre".

A SAD investiu 12,5 milhões de euros na contratação de jogadores no mercado de inverno, tendo estes gastos sido compensados "por uma redução da folha salarial, nomeadamente pela revogação dos contratos de trabalho dos Jogadores Nani, Montero e Luc Castaignos".

A Sporting SAD assinala, por último, que o recente acordo com o Atlético de Madrid, referente ao jogador Gelson Martins, no valor de 22,5 milhões de euros, "terá um impacto positivo nas contas do último trimestre".