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Soares de Oliveira: "Relação do Benfica com o Novo Banco é estável"

O Novo Banco não quer alienar a sua posição de 8% no capital do Benfica, garante o CFO da SAD encarnada. Com um passivo de 449 milhões de euros, Soares de Oliveira garante que o Benfica não tem "nenhuma intenção de aumentar" o seu endividamento.

Sérgio Lemos
21 de Novembro de 2014 às 21:00
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Os interlocutores mudaram, mas a relação entre as duas instituições manteve-se. As acções do BES passaram para o Novo Banco, mas a "relação accionista não mudou", garante o administrador financeiro da SAD do Benfica.

 

"Do ponto de vista de relação de trabalho, mudaram naturalmente os interlocutores. Fora isso não tivemos nenhuma alteração, tem sido uma relação estável à imagem daquilo que era em anos anteriores", disse Domingos Soares de Oliveira num encontro com a imprensa esta sexta-feira, 21 de Novembro.

 

O Banco Espírito Santo (BES) detinha 8% do capital do Benfica. Com o colapso do BES no ínicio de Agosto, a medida de resolução adoptada pelo Banco de Portugal determinou que os seus activos passassem para o Novo Banco, o que aconteceu com estas 1,832 milhões de acções.

 

"Temos novos interlocutores, mas não tivemos até agora nenhum incidente em relação a tudo aquilo que se especulou no Verão relativamente às dificuldades que a nova administração iria colocar ao Benfica", afirmou. O gestor referia-se à notícia sobre o cancelamento de um crédito de 70 milhões por parte do Novo Banco ao Benfica, que foi desmentida pelo clube da Luz na altura.

 

Soares de Oliveira afasta também a hipótese do Novo Banco poder vir a alienar a sua posição no curto ou médio prazo. "Nunca foi sequer tema que discutíssemos nestes meses ou anos".

 

A Benfica SAD registou um passivo consolidado de 449,1 milhões de euros no final da época passada, um aumento de 2% face ao final da época anterior. Isto deve-se a uma diminuição de 17,3% das rubricas de fornecedores e outros credores em 19,5 milhões de euros, o que se justifica pelo recuo dos valores em dívida relacionados com a aquisição de direitos de atletas.

 

Sobre a possibilidade do Benfica aumentar o seu endividamento, o gestor foi peremptório. "Nós não temos nenhuma intenção de aumentar o endividamento. Também quero deixar claro é que temos a intenção de cumprir escrupulosamente aquilo que são as condições acordadas com os nossos parceiros financeiros".

 

No final da época passada, o Benfica devia 191 milhões de euros a instituições financeiras, mais 35 milhões de euros face a período homólogo. Uma linha de crédito de 17,5 milhões de euros foi reembolsada a 15 de Outubro, enquanto um crédito de 50 milhões de euros vai ser reembolsado a 15 de Dezembro.

 

Todavia, Soares de Oliveira garante que esta rubrica não vai sofrer aumentos durante esta época. "Nós não temos necessidade de aumento de dívida, as receitas que temos hoje são as receitas adequadas àquilo que a nossa operação exige. Não estamos a contrair mais dívida e não temos propriamente necessidade de estar a pedir novas linhas de crédito".

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