Os jogos da próxima época da Liga Nos vão ter vídeo-árbitro, anunciou a Federação Portuguesa de Futebol, que vai assumir os custos da inovação.

 

Cada jogo tem um custo de cerca de 2 mil euros, pelo que os 306 jogos agendados custarão um total superior a 600 mil euros. Estes serão assumidos pela FPF, pois esta tecnologia não era suposto entrar já em vigor em 2017/18.

 

"Sempre foi nossa preocupação dar as melhores condições aos árbitros que exercem uma função que não é fácil. O espírito da federação sempre passou por darmos aos árbitros a melhor preparação e formação, além de disponibilizarmos meios auxiliares para melhor exercerem a sua função. Queremos claramente que os árbitros errem cada vez menos e esta ferramenta, estamos convencidos será muito importante para diminuir a margem de erro", avançou", refere Fernando Gomes, presidente da FPF. 

 

Fernando Gomes adiantou que decisão já foi autorizada pelo IFAB (International Board): "Como sabemos a época 2017/18 ainda será de testes, uma vez que o vídeo-árbitro só será definitivo em 2018/19, mas o IFAB, em função da capacidade que cada federação demonstra, pode autorizar a sua utilização oficial. E já recebemos a indicação de que isso será possível no nosso caso", confirmou. 

 

Fernando Gomes revelou igualmente que a FPF assumirá todos os custos da implementação desta tecnologia na Liga NOS, a principal competição portuguesa: "Dentro da nossa capacidade, vamos assumir os custos do lançamento, verificação e utilização do vídeo-árbitro que, como se sabe, são elevados", explicou.

Segundo o record, ao contrário do que aconteceu até agora em todos os testes que já foram feitos em Portugal, desta vez a equipa de vídeo-árbitros e técnicos de audiovisual não estará numa carrinha no exterior de cada estádio. A FPF irá criar um centro de vídeo-árbitro na Cidade do Futebol, com uma sala com cerca de 35 metros, cheia de ecrãs, e cada um deles terá o ‘feed’ (imagens em direto e em bruto) de cada uma das câmaras que irá ser usada na transmissão televisiva da partida. 

Nos testes já conduzidos pela FPF, as imagens demoraram um máximo de 1,7 segundos a chegar à sala de vídeo-árbitro. Este é o tempo que passa entre um acontecimento dentro de campo e a emissão nos televisores disponíveis para o VAR.