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Ferro Rodrigues pede "medidas sérias" e condena dirigentes totalitários

"Não pode ficar impune quem deu passos" no sentido da existência de "ódio, fanatismo e corrupção" no desporto.

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, lembra o antigo Presidente da República Mário Soares como 'um grande português' e um dos fundadores da democracia em Portugal. 'É com grande pesar que tomo conhecimento do falecimento de Mário Soares. É costume dizer-se dos grandes políticos que a sua vida se confunde com a do tempo histórico que viveram. No caso de Mário Soares, não será exagerado dizer que é o último quartel do século XX português que se confunde com ele', lê-se numa mensagem de Ferro Rodrigues, divulgada no 'site' do parlamento. Sublinhando que 'Mário Soares foi um Grande Português', o presidente da Assembleia da República recorda a forma como o antigo chefe de Estado lutou pela democracia antes e depois do 25 de Abril.
'Se a nossa geração já fez política em democracia, se as gerações dos meus filhos e netos já cresceram num país livre, democrático e europeu, a ele muito o devemos', lê-se na mensagem, onde Ferro Rodrigues lembra também que Mário Soares, como líder político e deputado à Assembleia Constituinte, foi um dos fundadores da democracia portuguesa, iniciada pelo Movimento das Forças Armadas a 25 de Abril de 1974. O presidente da Assembleia da República fala, ainda, da forma como Mário Soares prestigiou o parlamento e o parlamentarismo como deputado à Assembleia da República e como esteve por detrás de grandes conquistas, como a criação do Serviço Nacional de Saúde, da Concertação Social e da adesão à então Comunidade Económica Europeia, enquanto primeiro-ministro.
'Como Presidente da República, afirmou Portugal e prestigiou o Estado, abrindo a presidência à sociedade e à cultura. O Portugal democrático, europeu e cosmopolita é o país de Mário Soares', é ainda referido na missiva. Na mensagem, Ferro Rodrigues transmite também em nome da Assembleia da República as 'mais sentidas condolências à família e amigos mais próximos' e 'a todo o Partido Socialista'.
Sábado
16 de Maio de 2018 às 17:29
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O presidente da Assembleia da República condenou esta quarta-feira, 16 de Maio, a "situação gravíssima" de violência no treino de futebol do Sporting e apelou a "medidas sérias" da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e do Governo.

Ferro Rodrigues, em declarações no Parlamento, afirmou também que "não pode ficar impune quem deu passos" no sentido da existência de "ódio, fanatismo e corrupção" no desporto, acrescentando que o ocorrido "ofende o país", referindo-se à "perversidade autoritária e totalitária" de dirigentes desportivos e de "alguma comunicação social fanática".

A GNR anunciou hoje que efectuou 23 detenções, apreendeu cinco viaturas e recolheu depoimentos de 36 pessoas, entre jogadores, equipa técnica, funcionários e vigilantes ao serviço do Sporting, na sequência da invasão à academia do clube, em Alcochete.

Durante a tarde de terça-feira, cerca de meia centena de indivíduos, de cara tapada, alegadamente adeptos 'leoninos', invadiram a Academia de Alcochete e, depois de terem percorrido os relvados, chegaram ao balneário da equipa principal, agredindo vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic e outros membros da equipa técnica.

A equipa principal do Sporting cumpria o primeiro treino da semana, depois da derrota no terreno do Marítimo (2-1), que relegou a equipa para o terceiro lugar da I Liga, iniciando a preparação para a final da Taça de Portugal, no domingo, frente ao Desportivo das Aves.
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