Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

City pode incumprir fair-play financeiro depois da transferência de Mangala

A compra do passe do futebolista francês Mangala ao FC Porto poderá significar, por parte do Manchester City, o não cumprimento do limite acordado com a UEFA no âmbito das regras do fair-play financeiro.

Bloomberg
12 de Agosto de 2014 às 15:19
  • 3
  • ...

Em Maio passado o Manchester City acordou com a UEFA que, neste mercado de transferências, não ultrapassaria um limite de gastos, em contratações, de 60 milhões de euros acrescido de eventuais receitas provenientes da venda do passe de outros jogadores.

 

Este acordo surgiu no seguimento das acusações, por parte da UEFA, de que o actual campeão inglês tinha incumprido as regras do fair-play financeiro, incorrendo numa multa de 60 milhões de euros e na impossibilidade de inscrever mais de 21 jogadores nas competições europeias da época 2014-2015.

 

Esta segunda-feira, 11 de Agosto, foi anunciada, pelo FC Porto, a venda ao City de 56,7% do passe de Eliaquim Mangala por 30,5 milhões de euros. Todavia, as regras inglesas exigem que a compra de passes de futebolistas seja feita na totalidade, ou seja obriga à compra de 100% dos direitos desportivos. A percentagem restante do passe de Mangala pertence a fundos de investimento.

 

Apesar de alguma imprensa inglesa, como o The Guardian, referir que a transferência terá envolvido um total de 40 milhões de euros, o jornal a Marca noticiava que a totalidade do negócio deverá ascender a mais de 50 milhões de euros, depois de o campeão inglês ter acordado a aquisição, ao Doyen Sports (detentor de 33,3%) e ao Robi Plus (10%), dos restantes 43,3% por cerca de 20 milhões de euros.

 

Até ao momento o clube orientado pelo chileno Manuel Pellegrini só vendeu o passe de Jack Rodwell, ao Sunderland, por 13,8 milhões de euros. Assim, o City poderá despender um máximo de 73,8 milhões de euros.

 

Todavia, com as aquisições, nesta janela de transferências, de Fernando, também aos dragões, por 15 milhões de euros, de Willy Caballero, ao Málaga, por 7,5 milhões (num negócio que pode chegar aos 12,5 milhões dependendo de objectivos desportivos) e de Bruno Zuculini, ao Racing da Argentina, por 3,7 milhões, o limite poderá já ter sido ultrapassado.

 

Até ao momento o Manchester City recusou-se, contudo, a divulgar qual o montante total envolvido na transferência de Mangala. Mas tomando por boa a notícia da Marca, o City já terá despendido um total de 76,7 milhões de euros, ultrapassando assim o limite estabelecido com o organismo que gere o futebol europeu. De qualquer forma, como escreve a Bloomberg, este clube de Manchester se ainda não superou o limite, está muito próximo. Contudo, o mercado de transferências ainda não fechou, pelo que estes valores poderão ainda sofrer alterações.

 

Em Maio, além do City, também o Paris Saint-Germain esteve sob a alçada disciplinar da UEFA por incumprimento das regras que determinam que os clubes europeus não podem ultrapassar o limite de 45 milhões de euros de prejuízo no exercício contabilístico referente às duas épocas desportivas imediatamente anteriores. 

 

New York City de al-Nahyan empresta ao Man City de al-Nahyan

Desde que o Manchester City foi adquirido pelo milionário árabe Mansour bin Zayed al-Nahyan têm sido muitas as polémicas em torno dos gastos excessivos do clube britânico.

 

Para evitar a chamada concorrência desleal, a UEFA criou um conjunto de regras de fair-play financeiro por forma a impedir que clubes como o City e o PSG, controlado pela Qatar Sports Investments desde 2012, invistam sem atender ao equilíbrio contabilístico.

 

Nas aquisições feitas este Verão pelo City, atrás referidas, não foi incluída a contratação por empréstimo, até Janeiro, de Frank Lampard. Apesar de não ter envolvido qualquer custo directo para o City, esta operação tem merecido a desconfiança de várias personalidades, inclusivamente de Arsene Wenger, treinador do Arsenal. O treinador francês considerou este negócio estranho.

 

A estranheza de Wenger resulta do facto de Lampard, depois de 13 épocas no Chelsea FC, ter assinado, há cerca de um mês, pelo New York City FC da Liga norte-americana MLS. O curioso é que Mansour bin Zayed al-Nahyan também é o dono do clube norte-americano e este negócio, entre duas equipas detidas pela mesma pessoa, tem causado dúvidas sobre se não terá sido apenas um expediente para contornar as regras financeiras da UEFA. 

Ver comentários
Saber mais Manchester City UEFA FC Porto Eliaquim Mangala Doyen Sports Robi Plus Manuel Pellegrini Mansour bin Zayed al-Nahyan
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio