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Mais um inimigo para a Amazon: a ministra francesa da Cultura

Aurélie Filippetti é crítica da empresa americana há algum tempo. Recentemente, França aprovou uma lei conhecida como "lei anti-Amazon".

Bloomberg
12 de Agosto de 2014 às 13:10
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"Inqualificáveis" é o adjectivo escolhido pela ministra da Cultura francesa Aurélie Filippetti para descrever as práticas da retalhista Amazon. Os mais recentes desenvolvimentos da batalha entre a empresa e a editora Hachette acentuaram o tom da crítica.

 

Ao Le Monde, Aurélie Filippetti diz-se do lado dos 900 escritores – os Authors United – que no passado domingo publicaram uma carta no The New York Times revelando a sua indignação com esta disputa contratual.

 

Em causa está o preço dos ebooks [livros electrónicos]: a Amazon diz que é preciso baixar os preços para aumentar as vendas, a Hachette defende que a

Este episódio é uma nova revelação das práticas inqualificáveis e anticoncorrenciais da Amazon.
 
Aurélie Filippetti
Ministra da Cultura francesa

retalhista quer aumentar os lucros à custa dos autores.

 

"Este episódio é uma nova revelação das práticas inqualificáveis e anticoncorrenciais da Amazon. É um abuso de posição dominante e um ataque inaceitável contra o acesso aos livros. A Amazon está a afectar a diversidade literária e editorial", afirmou ao Le Monde.

 

Filippetti é crítica da empresa americana há algum tempo. Em Maio – quando o caso com a Hachette começou – classificou como "chantagem" as medidas da Amazon.

 

A companhia de Jeff Bezos atrasou os prazos de entrega e impediu descontos e pré-encomendas em títulos da Hachette, filial americana do grupo francês Lagardère. A estratégia foi repetida para as vendas de filmes da Disney no último fim-de-semana.

 

No passado mês de Julho, França aprovou uma nova lei sobre o preço dos livros na internet. Vulgarmente conhecida como "lei anti-Amazon", elimina a possibilidade de o retalhista "online" acumular um desconto de 5% sobre o preço do livro e portes de envio gratuitos. A Amazon reagiu com portes de 1 cêntimo, revela o Le Monde.

 

"Estamos na vanguarda de uma batalha moderna contra práticas que lembram o século XIX", defendeu Filippetti.

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