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Líder da Centromarca: Baixar margens? Retalhistas não têm interesse, antes "pelo contrário"
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o presidente da Centromarca, Nuno Fernandes Thomaz, não antecipa uma redução das margens dos retalhistas no curto prazo, dada a "pressão" em sentido oposto, o que "preocupa".
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O presidente da Centromarca, Nuno Fernandes Thomaz, não tem dúvidas de que "há sempre espaço para reduzir as margens", no sentido de permitir uma redução dos preços junto do consumidor, mas diz que sobretudo os grandes operadores do retalho não têm interesse em fazê-lo, antes "pelo contrário".
"Há sempre espaço para reduzir as margens, mas os operadores de retalho não querem reduzi-las – pelo contrário. Ainda há pouco tempo vimos no relatório de contas de dois grandes grupos de distribuição que a pressão para aumentar as margens é grande. Eles próprios referem que têm de aumentar a margem", afirma, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
Nuno Fernandes Thomaz lembra que "os grandes grupos de distribuição geram muito "cash flow", mas têm, em simultâneo, a "pressão extra" de estarem cotados em bolsa, pelo que, "trimestre após trimestre, têm de melhorar resultados".
Neste sentido, não antecipa, "num período muito curto", uma redução de margens por parte dos operadores de retalho, tema que "preocupa a Centromarca porque está intimamente ligado com práticas abusivas".
Convidado desta semana do programa Conversa Capital, Nuno Fernandes Thomaz reconhece que é "difícil" explicar ao consumidor como é que produtos com qualidade até idêntica apresentam uma diferença tão grande ao nível de preços (que, de acordo com estudos de mercado, pode chegar a 300%) razão pela qual "esta guerra contra as marcas próprias tem sido muito complicada".
"É difícil explicar aos consumidores" esse desfasamento, "até porque hoje em dia muitos operadores de retalho comunicam as suas marcas próprias quase como se fossem marcas de fabricante", aponta.
"Querem inclusive fazer, com todo o tema da comunicação e do 'marketing', que estas marcas possam parecer aos olhos do consumidor quase marcas de fabricante. Portanto, a pressão do tema das marcas próprias é o principal tema com que a Centromarca se tem debatido no último ano e meio", reforça.
A Centromarca - Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca - congrega um universo de meia centena de associados, que detêm mais de 1.200 marcas, representando no conjunto um volume de vendas anual no mercado nacional na ordem dos 6.000 milhões de euros.
"Há sempre espaço para reduzir as margens, mas os operadores de retalho não querem reduzi-las – pelo contrário. Ainda há pouco tempo vimos no relatório de contas de dois grandes grupos de distribuição que a pressão para aumentar as margens é grande. Eles próprios referem que têm de aumentar a margem", afirma, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
Neste sentido, não antecipa, "num período muito curto", uma redução de margens por parte dos operadores de retalho, tema que "preocupa a Centromarca porque está intimamente ligado com práticas abusivas".
Convidado desta semana do programa Conversa Capital, Nuno Fernandes Thomaz reconhece que é "difícil" explicar ao consumidor como é que produtos com qualidade até idêntica apresentam uma diferença tão grande ao nível de preços (que, de acordo com estudos de mercado, pode chegar a 300%) razão pela qual "esta guerra contra as marcas próprias tem sido muito complicada".
"É difícil explicar aos consumidores" esse desfasamento, "até porque hoje em dia muitos operadores de retalho comunicam as suas marcas próprias quase como se fossem marcas de fabricante", aponta.
"Querem inclusive fazer, com todo o tema da comunicação e do 'marketing', que estas marcas possam parecer aos olhos do consumidor quase marcas de fabricante. Portanto, a pressão do tema das marcas próprias é o principal tema com que a Centromarca se tem debatido no último ano e meio", reforça.
A Centromarca - Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca - congrega um universo de meia centena de associados, que detêm mais de 1.200 marcas, representando no conjunto um volume de vendas anual no mercado nacional na ordem dos 6.000 milhões de euros.