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Ganhos do Continente encolheram 17,8% em 2022 com absorção de custos

Margem de lucro da MC, empresa da Sonae que detém a rede de hipermercados Continente, foi de 3% em 2022, correspondendo a 2,7% nos formatos alimentares, diz o grupo liderado por Cláudia Azevedo. Um dado que chega numa altura em que as retalhistas estão a ser alvo de uma campanha de fiscalização devido aos elevados preços.

DR
16 de Março de 2023 às 07:22
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Os lucros líquidos da Sonae MC, empresa que detém os hipermercados Continente, diminuíram 17,8% para 179 milhões de euros no ano passado, anunciou esta quinta-feira o grupo liderado por Cláudia Azevedo.

"Ao absorver parte dos aumentos de custos dos produtos e dos impactos da inflação, o resultado líquido da unidade de retalho alimentar da Sonae diminuiu 17,8% em 2022", indicou a Sonae, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em que indica que o valor encaixado traduz uma margem de lucro de 3%, que, no caso dos formatos alimentares, correspondeu a 2,7%.

Do universo da MC fazem parte além do Continente, o Continente Modelo e o Continente Bom Dia, outras unidades além do retalho alimentar como a rede de parafarmácias Wells ou as papelarias Note.

A redução da rentabilidade da MC aconteceu num ano "desafiante para o mercado português de retalho alimentar", assinala o grupo, enaltecendo que no contexto "exigente" marcado pelo aumento do custo de vida "esteve ao lado das famílias, ajustando a sua proposta de valor para ir de encontro às necessidades dos seus clientes e investindo na expansão do seu parque de lojas de forma a levar os seus benefícios a um número crescente de pessoas".

Aliás, realça, "o investimento realizado e o reconhecimento deste esforço para conter os impactos da inflação nos clientes conduziu a ganhos de quota de mercado e ao reforço da posição de liderança da MC em Portugal", os quais contribuíram para que o volume de negócios tenha atingido quase 6 mil milhões de euros, um crescimento de 11,5% face ao período homólogo e de 9,6% em termos comparáveis, que ficou "significativamente abaixo do aumento da inflação alimentar em Portugal que no ano de 2022 foi de 13%, demonstrando o compromisso assumido de apoiar as famílias na atual conjuntura".

"O esforço da MC em suportar parcialmente o aumento dos vários custos para proteger os seus clientes, e o efeito de 'mix' e movimentos de 'trading down' juntamente com a pressão dos custos da energia mais elevados, contribuíram para uma erosão da margem de rentabilidade para 9,4% em 2022", com o EBITDA subjacente a totalizar 563 milhões em 2022, registando uma evolução inferior às vendas, explica.

No ano passado, a empresa liderada por Luís Moutinho abriu 65 novas lojas próprias, contando agora com 1.401, incluindo franquias, em Portugal e Espanha.
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