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Delta prevê vender 30 mil máquinas com extensão da marca Q

Grupo torrefactor reforça inovação da marca de café em cápsulas com dois novos tipos de máquinas, aumento das gamas de produtos já existentes e um novo “blend” com a assinatura do fundador, Rui Nabeiro.

DR
24 de Outubro de 2016 às 15:08
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O grupo Delta vai reforçar a sua oferta de cápsulas ao mercado. Esta segunda-feira, 24 de Outubro, perante uma plateia de fornecedores e clientes, comunicação social e colaboradores da companhia com sede em campo Maior, Rui Miguel Nabeiro, administrador da companhia, fez as honras da casa no auditório do Centro Cultural de Belém.

O motivo principal foi o lançamento de duas novas máquinas da gama de café em cápsulas, para o consumo no lar: a Qlip – uma máquina ultracompacta, com aposta clara no design e na portabilidade para abrir um novo segmento, facilitando a sua saída para fora da cozinha; e a Milk Qool, que através de um depósito específico para leite fresco, permite a expansão de momentos de uso das cápsulas de café marca Delta Q. "Uma diversificação pela inovação", defendeu o administrador do grupo Delta.

O objectivo, explicou mais tarde aos jornalistas Rui Miguel Nabeiro, é "ajudar a entrar num mercado" - o das cápsulas -, que actualmente se encontra parado em termos de crescimento e em baixa (há já vários anos) em termos de preço das máquinas à venda no mercado português.

As novas máquinas estarão à venda a preços de 99 euros, no caso da Milk Qool, e de 89 euros para a Qlip (fabricada numa empresa externa em Torres Vedras) – esta apostando "num target muito distinto", quase como "um gadget pessoal", explicou o gestor. Ambas são "100% Delta", reforçou o administrador – em termos de design e de concepção técnica (oferecendo a Milk Qool os maiores desafios na compatibilização da máquina para receber, processar e limpar leite fresco).

As novas máquinas, nomeadamente da linha Qlip, permitirão, acredita Rita Tomé Duarte, directora da unidade de negócio Delta Q, abrir o consumo a "locais completamente diferentes" aos das versões mais clássicas, que o grupo torrefactor tem vindo a lançar nos últimos nove anos, desde que entrou no segmento das cápsulas.

"As elevadas expectativas" do grupo para as duas inovações, acrescentou, são com substanciadas na estimativa de vender "30 mil máquinas" nos dois meses e meio que faltam para o final de 2016 – estimando por isso a Delta reforçar as campanhas comunicacionais em vésperas do próximo Natal.

15% do crescimento via inovação

Com as inovações apresentadas esta segunda-feira – que incluem também o reforço das cápsulas de tisanas (Delta Q Purify) e de mistura com cevada (Delta Q Fusion), e uma edição especial com a assinatura do fundador Rui Nabeiro (UniQ Collection) – o grupo espera impulsionar já as vendas de 2016.

Segundo Rui Miguel Nabeiro, o grupo estima fechar o actual exercício com vendas de 70 milhões de euros na divisão de negócio Delta Q (cápsulas). A concretizar-se, será um aumento de 7,5 milhões de euros (ou mais 12%) face ao registado em 2015 (dos quais 52 milhões em Portugal), segundo os dados fornecidos esta manhã. E deste crescimento, "15% é inovação", disse o gestor.

As duas novas máquinas que agora entram no mercado português não requerem investimento adicional nas linhas de produção da fábrica da Delta em Campo Maior. Uma evolução industrial que começou em finais de 2007, quando o grupo entrou no segmento das cápsulas e que arrancou a uma média de 395 cápsulas a cada oito horas, relembrou esta segunda-feira João Manuel Nabeiro, administrador do grupo. "Hoje, são 2 milhões de cápsulas por dia" a média produzida em Campo Maior, contextualizou.

O grupo reivindica a liderança deste segmento em Portugal, com uma quota de 27,4% do mercado nacional de vendas de café em cápsulas para o consumo no lar, citando os dados da Nielsen até à 39ª semana.

Na apresentação desta segunda-feira, a Delta apresentou ainda uma nova "identidade sonora", que passará a constar a partir de agora de toda as campanhas – digitais, televisiva e de rádio – igualmente reforçadas e em que Rui Nabeiro é um dos actores principais. O valor do investimento em comunicação, "significativo", mas em linha com campanhas anteriores, qualificou Rui Miguel Nabeiro, não foi contabilizado.

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