O banco britânico Standard Chartered fechou o ano de 2015 com prejuízos de 1,5 mil milhões de dólares (1,35 mil milhões de euros), o que compara com os lucros de 4,2 mil milhões de dólares registados em 2014.

No ano passado, as receitas do banco ficaram abaixo das estimativas e as imparidades quase duplicaram para o nível mais elevado da história da instituição.

O rácio core tier 1 desceu de 13,1%, em Setembro, para 12,6% no final do ano, enquanto as receitas diminuíram 15% face ao período homólogo para 15,4 mil milhões de dólares, abaixo das projecções dos analistas que apontavam para 15,9 mil milhões de dólares. Já as imparidades aumentaram para 4 mil milhões de dólares, o que compara com os 2,1 mil milhões registados em 2014.

O CEO do Standard Chartered, Bill Winters, está a tentar minimizar o impacto da estratégia de expansão nos mercados emergentes do seu predecessor Peter Sands, que deixou o banco carregado de crédito malparado quando o mercado das matérias-primas afundou e o crescimento estagnou da China à Índia.

Desde Junho, Winters suspendeu o pagamento de dividendos e anunciou planos para cortar 15.000 postos de trabalho para ajudar o banco a poupar 2,9 mil milhões dólares em 2018.

As acções do banco perdem 7,47% para 403,70 pence, depois de terem chegado a afundar 12,02%, a maior queda em mais de três anos.