Quem tem dívida subordinada do Banif perdeu o valor investido com a resolução de 20 de Dezembro, já que ficou naquele banco e não passou nem para o Totta nem para a Oitante. Há esperança de que possa haver um reembolso. Mas ficam avisados: qualquer recuperação será parcial.

"Aquilo que estamos a fazer é ume estudo efectivo para criarmos condições para que possamos ressarcir, em parte, essas pessoas e esses clientes", declarou o presidente executivo da instituição financeira António Vieira Monteiro na audição desta quarta-feira, 11 de Maio.

Vieira Monteiro já tinha assumido esta possibilidade mas agora assume que apenas uma parte, não quantificada, poderá ser devolvida.

Com a resolução, a responsabilidade pelo pagamento destas obrigações subordinadas (que ficam abaixo das obrigações seniores em caso de incumprimento) permaneceu no Banif, que ficou esvaziado de activos.

Aos accionistas do Banif, também prejudicados pela resolução, Vieira Monteiro não prometeu qualquer análise.

O modelo de resolução foi inserido na Europa como forma de impedir resgates bancários com dinheiros públicos sem que, antes, os accionistas e os detentores de dívida subordinada fossem afectados. A partir de 2016 – e portanto após a resolução do Banif –, os detentores de dívida sénior e os depositantes com mais de 100 mil euros também podem ser afectados. Quem tem dívida sénior e depósitos superiores a 100 mil euros do Banif ficou no Totta.