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Rui Vilar: "Caixa viveu sob enorme ruído, mas demonstrou grande resiliência"

"Temos condições de partida muito mais positivas para enfrentar os desafios futuros", realçou o “chairman” do banco público.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Março de 2017 às 18:04
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O presidente da administração da Caixa lamentou o "enorme ruído" em que o banco viveu em 2016, um ano "nada típico". Ainda assim, Rui Vilar considera que a instituição "demonstrou uma grande resiliência". "Temos condições de partida muito mais positivas para enfrentar os desafios futuros", defendeu o responsável durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2016.

 

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) fechou o ano passado com um prejuízo de 1.859 milhões de euros em 2016, depois do reconhecimento de mais de 3 mil milhões de euros de imparidades.

Rui Vilar abriu a apresentação dos prejuízos históricos da Caixa Geral de Depósitos recordando que "o exercício de 2016 não decorreu em velocidade cruzeiro. Já que houve uma administração em gestão corrente um trimestre. E a seguinte teve seis administradores que renunciaram no final do ano. Foi um período em que esta instituição viveu sob enorme ruído", lamentou o "chairman" do banco.

 

Ainda assim, na perspectiva de Vilar, "a Caixa demonstrou uma grande resiliência e, da parte dos seus clientes, um grande grau de confiança", o que se deveu à diferença entre "o que se passou no exterior e o que foi a vida no interior da instituição".

 

O presidente não executivo acredita que a CGD "tem condições de partida muito mais positivas para enfrentar todos os desafios futuros", apesar de ter terminado 2016 com "prejuízos históricos".

 

Rui Vilar revelou ainda que a emissão de dívida perpétua e a injecção de recursos do Estado avançam ainda este mês e que é esperada para breve o preenchimento dos cargos vagos na administração. 

 

O "chairman" da Caixa acredita que o banco tem condições para "avançar com um plano de reestruturação para alcançar os objectivos impostos para 2020". E recordou que a CGD tem um compromisso "primeiro", com os portugueses e com os clientes. Ao accionista tem de responder com rentabilidade. O presidente da Caixa garante que o banco "assumirá um lugar de instituição de referência e líder na banca portuguesa"

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