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Rui Cartaxo assume presidência do conselho de administração do Novo Banco
Rui Cartaxo vai assumir a presidência do Conselho de Administração do Novo Banco, no âmbito da alteração dos estatutos da instituição financeira, e António Ramalho mantém-se presidente executivo, anunciou hoje a instituição.
Em comunicado, o Novo Banco informou que, na sequência da deliberação do seu único accionista Fundo de Resolução, foram alterados os estatutos do banco.
"Nesta alteração de estatutos agora aprovada e proposta pelo Novo Banco a 21 de Dezembro de 2016, destaca-se, na linha das melhores práticas de governance, a alteração da estrutura de administração e fiscalização do Novo Banco que passa a ser composta por um conselho de administração – compreendendo agora um chairman, função que será assumida por Rui Cartaxo", refere a instituição financeira.
"A Comissão Executiva continua a ser liderada por António Ramalho", refere, acrescentando que foram ainda aprovados como órgãos de fiscalização uma comissão de auditoria e um revisor oficial de contas.
Nascido em 1952, Rui Cartaxo era até agora consultor do conselho de administração do Banco de Portugal, tendo sido responsável pelo grupo de trabalho que fez o livro banco da regulação.
Licenciado em economia pelo ISEG, Rui Cartaxo assumiu cargos de gestão em algumas das maiores empresas portuguesas do sector das telecomunicações e energia, nas duas últimas décadas.
Foi presidente executivo da REN entre 2009 e 2014, depois, de entre outras funções, ter sido administrador executivo da Transgás, da Galp Energia, da Galp Espanha e ainda da REN.
Na área das telecomunicações, teve o cargo de administrador financeiro (CFO) da 'holding' que promoveu a fusão da Telecom Portugal, TLP e Marconi, tendo ainda coordenado o IPO [entrada em bolsa] da Portugal Telecom, a primeira operação de dispersão de capital de uma empresa portuguesa nos mercados internacionais.
No passado dia 23 de Dezembro, o Negócios tinha já avançado que Rui Cartaxo estaria a caminho da presidência não executiva do Novo Banco. A designação cabia ao accionista, neste caso o Fundo de Resolução, com o antigo líder da REN a reunir um forte consenso para vir a ocupar o cargo de chairman, que até aqui não existia na instituição.
A introdução da figura do chairman faz parte dos novos estatutos do Novo Banco, que assentam numa integração de administradores não executivos.