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Ricardo Salgado dá nova versão sobre pagamentos a Zeinal Bava

O ex-presidente do Banco Espírito Santo garantiu ao juiz Ivo Rosa que o objetivo da transferência de 6,7 milhões de euros realizada em dezembro de 2007 era financiar a entrada de Zeinal Bava no capital da PT.

David Cabral Santos
09 de Julho de 2019 às 09:10
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Ricardo Salgado deu uma nova versão para as transferências para Zeinal Bava ao juiz Ivo Rosa. Um depoimento que coincide com o do ex-presidente da Portugal Telecom (PT), na semana passada. 

Segundo o Observador, o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) explicou na segunda-feira que o objetivo da transferência de 6,7 milhões de euros realizada em dezembro de 2007 era financiar a entrada de Zeinal Bava no capital da então maior empresa portuguesa.

Antes, Salgado garantia que as transferências para Bava tinham como objetivo convencer o então líder da PT a não se transferir para a concorrência depois de ter ido para o Brasil em 2013 para liderar a operadora Oi em representação da PT.

É a primeira vez que Ricardo Salgado dá uma explicação para essa primeira transferência para Bava, alegando que quando foi constituído arguido não se lembrava que tal transferência tinha ocorrido. Esta foi realizada no dia 7 de dezembro de 2007, exatamente no mesmo dia em que ordenou também que o saco azul transferisse cerca de 500 mil euros para Henrique Granadeiro.

O Observador adianta ainda que foi esta a versão que Bava deu ao juiz Ivo Rosa, quando foi depor na semana passada. 

Foi na segunda-feira que Ricardo Salgado deu estas explicações ao juiz Ivo Rosa. "Fui chamado para falar sobre este assunto específico [a relação com Zeinal Bava] e foi sobre isso que falei. Como não houve mais perguntas, acredito que ficou esclarecido", afirmou à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, questionado pelos jornalistas. Perante a insistência, respondeu apenas: "Foi tudo esclarecido hoje no tribunal".

Na tese do Ministério Público, Ricardo Salgado terá feito três transferências, num valor total de 25,2 milhões de euros, para que Zeinal Bava desse prioridade, enquanto administrador da PT, aos interesses do Grupo Espírito Santo, que era acionista de referência da operadora. As transferências terão sido feitas para contas de Bava no banco UBS, em Singapura e na Suíça, entre 2007 e 2011.
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