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Zeinal Bava: “Chegou o momento de tudo esclarecer"

O antigo presidente da Portugal Telecom vai ser ouvido esta quarta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, onde promete “esclarecer tudo”.

Pedro Catarino
26 de Junho de 2019 às 14:07
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"Chegou agora o momento de, com serenidade, aqui no tribunal, tudo esclarecer e é isso que pretendo fazer", disse Zeinal Bava aos jornalistas à chegada ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa, onde vai prestar esclarecimentos.

 

"Tinha o direito de não falar, mas viajei de Londres justamente para poder vir aqui esclarecer tudo", disse Zeinal Bava, prometendo para o futuro mais declarações sobre o tema. Agora, o "que tenho a dizer, vou dizer no tribunal", avançou o antigo gestor, que chegou acompanhado pelo advogado José António Barreiros.

 

Nas declarações aos jornalistas, transmitidas pela SIC Notícias, Zeinal Bava dirigiu-se também "àqueles que durante anos me achincalharam por causa do infeliz acontecimento que aconteceu no Parlamento".

 

Em fevereiro de 2015, o antigo presidente da Portugal Telecom foi ao Parlamento no âmbito da comissão de inquérito à gestão do BES e do GES, tendo sido muito criticado por ter respondido muitas vezes aos deputados que não se lembrava dos factos sobre os quais estava a ser questionado.

 

Já depois dessa audição, Zeinal Bava foi acusado da prática de crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.

 

É devido a este caso que Bava foi chamado ao TCIC, onde vai ser inquirido pelo juiz de instrução Ivo Rosa.

 

O Ministério Público assegura que, entre dezembro de 2007 e setembro de 2011, o antigo presidente da PT recebeu mais de 25 milhões de euros através da Espírito Santo Enterprise, a sociedade que servia de saco azul do GES. O dinheiro acabou devolvido quase na totalidade cinco anos depois.

 

José Sócrates, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro terão, segundo a acusação, recebido dinheiro para atuarem no interesse de Ricardo Salgado na PT. Salgado, segundo a acusação, conseguiu ao longo dos anos controlo sobre a administração da PT - decidindo quem compunha os seus órgãos sociais, além da nomeação direta de dois administradores do BES para a PT. 

Segundo o Observador, Zeinal Bava defende que as transferências de 25 milhões de euros que recebeu são legais, uma vez que tiveram por base um contrato verbal acordado com Ricardo Salgado em 2006 (e que foi passado a escrito em 2010). 

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