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Reclamar na área dos seguros só foi positivo em um terço dos casos

Apenas 34% dos reclamantes viram um desfecho favorável das queixas feitas junto do regulador dos seguros. O automóvel representa praticamente metade das reclamações na área dos seguros.

Bruno Simão/Negócios
25 de Janeiro de 2016 às 18:56
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Apenas um terço das pessoas que reclamaram de problemas na área dos seguros tiveram razão reconhecida pelo regulador nos primeiros seis meses de 2015. Esta tem sido, aliás, a distribuição dos últimos tempos, segundo a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

 

"No que concerne ao desfecho dos processos apresentados junto da ASF, no primeiro semestre de 2015, a tendência da distribuição das reclamações com desfecho favorável versus desfavorável segue a distribuição de anos anteriores, com 34% e cerca de 66%, respectivamente", assinala o relatório do regulador sobre reclamações publicado esta segunda-feira, 25 de Janeiro.

 

O número de processos de reclamações que já têm uma decisão por parte do regulador ascendeu a 4.293, menos 8,13% do que em igual período do ano anterior. O seguro automóvel continua a ter um peso de relevo nas reclamações no sector segurador. Dos 3.293 processos de reclamação concluídos entre Janeiro e Junho do ano passado, 48,2% do total era ligado a seguro automóvel.

 

Apesar disso, o automóvel perdeu força nos primeiros seis meses do ano, já que os 2.068 processos sobre automóvel concluídos significam um recuo 13,87% face ao mesmo período de 2014, segundo o relatório do regulador liderado por José Almaça (na foto). O seguro de incêndio é o segundo que mais surge nas reclamações, em 17,8% dos casos.

 

O ramo vida (PPR, por exemplo) fica com uma parcela de 13,5% das reclamações concluídas, sendo que a ASF sublinha que mais que duplicaram as queixas relativas a "operações de gestão de fundos colectivos de reforma (fundos de pensões)". Foram 23 reclamações entre Janeiro e Junho de 2015.

 

Novas reclamações recuam

 

Entretanto, no mesmo relatório, a ASF assinala que foram recebidas 3.991 reclamações nos primeiros seis meses do ano, menos 20% que no período homólogo. Uma tendência de descida que já se tinha sentido no ano anterior (-5%).

 

O regulador da área dos seguros explica esta evolução com a maior aposta dos operadores na área da qualidade do serviço mas também com o facto de os consumidores terem mais noção de quais os seus direitos.

"Os pedidos de esclarecimento, por sua vez, registaram um aumento, tendo sido contabilizados, no primeiro semestre de 2015, 3.674 pedidos de esclarecimento técnicos", indica, em contraposição, o mesmo relatório. 

 

Queda da produção em 2015

Esta segunda-feira, a ASF divulgou também as contas do sector segurador em 2015, concluindo que o volume global de produção deslizou 11,4% para 12,66 mil milhões de euros. O investimento em PPR - produtos de poupança reforma - caiu devido aos juros baixos. 




 

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