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Prejuízo de nove seguradoras não impede duplicação de lucros no sector

O lucro total das companhias de seguros mais que duplicou para 378 milhões de euros. Uma ajuda para a capitalização do sector, que tem novas regras para cumprir em 2016. No ano passado, as margens ficaram mais cobertas.

Bruno Simão/Negócios
10 de Fevereiro de 2016 às 16:26
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Foram nove as seguradoras que, em 2015, apresentaram prejuízos. Mas ao todo, o lucro conseguido por 37 das 46 companhias sob supervisão do regulador do sector alcançou os 378 milhões de euros.

 

Os números divulgados esta quarta-feira, 10 de Fevereiro, pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) comparam com os prejuízos apresentados por oito das 44 empresas supervisionadas em 2014. O resultado líquido global nesse ano tinha sido de 155 milhões de euros, o que indica que houve mais do que duplicação do lucro do sector no ano passado. Contudo, a análise conta com a integração de um novo operador do ramo não vida que, antes, era uma sucursal (no início do ano, a Generali passou a empresa de direito português).

 

Este lucro global foi um "bom contributo para o reforço de capitalização do sector", indica o regulador presidido por José Almaça (na foto), numa nota enviada às redacções. Foi assim que o sector segurador entrou em 2016, ano em que passaram a vigorar as novas normas de regulação dos seguros, o regime chamado de Solvência II – que obriga a que seja necessário mais capital nas operações com mais risco.

 

Ao longo do último ano, as empresas supervisionadas pela ASF aumentaram a taxa de cobertura da margem de solvência, um indicador que mostra a capacidade para fazer face às suas obrigações, incluindo factos inesperados. A taxa fixou-se em 238%, um aumento de 32 pontos base (0,32 pontos percentuais). No ramo vida, a taxa ficou em 217%, no não vida alcançou os 249%.

 

De acordo com o relatório publicado pela ASF, a produção de seguro directo (a base das receitas das companhias) atingiu os 11,9 mil milhões de euros, uma quebra de 6,6% em relação a 2014. O ramo vida foi o mais castigado, ao perder 11,2%, já que o não vida (onde se inclui seguro automóvel) até ganhou 3,8%. Por outro lado, os custos com sinistros aumentaram 9,3% para 12,4 mil milhões.

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