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Ramalho e o Novo Banco: "Momento é de incertezas mas também de oportunidades"

Novo CEO do Novo Banco escreveu aos trabalhadores e destaca três vectores de acção no curto prazo.

Bruno Simão
19 de Agosto de 2016 às 19:41
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António Ramalho é, desde sexta-feira, o novo CEO do Novo Banco, sucedendo oficialmente a Stock da Cunha. Depois de o seu nome ter sido anunciado há cerca de um mês, o ex-líder da Infraestruturas de Portugal recebeu a luz verde das autoridades europeias para tomar posse. E começou com uma comunicação interna aos trabalhadores, na qual admite que inicia "funções num momento de incertezas mas também de oportunidades".

Na mensagem, a que o Negócios teve acesso, Ramalho defende que as incertezas estão ligadas à chegada de um novo accionista até final do ano, mas também a questões genéricas do sector bancário, como as novas e mutáveis exigências regulatórias e à alteração de comportamento dos clientes do sector financeiro.

"Incertezas não são, como se vê, uma questão do Novo Banco. São o nome do jogo na Indústria Financeira para os próximos anos. Para muitos isso é uma ameaça, para nós, no Novo Banco pode ser uma oportunidade", afirma o novo responsável.

Logo de início, António Ramalho aponta o foco a três planos, em mesmo número de áreas que considera chave: um "plano de transformação comercial", um "plano de alteração de governação" e o reforço dos "planos de alteração de capital", ligados ao novo ou aos novos accionistas.

"Por isso, a minha primeira palavra, perante tanta transitoriedade e incerteza não é nem de esperança apenas, nem de promessas evasivas, é simplesmente de desafio", que deixa aos funcionários do banco: "Num momento de transformação accionista, num momento de mudança regulatória, num momento de alterações dramáticas na nossa indústria, temos coragem de aceitar esse desafio, e fazer do Novo Banco um banco novo?".

Tal como o Negócios noticiou recentemente, o modelo de governo do Novo Banco vai ser alterado, com a administração a passar a integrar administradores não executivos, incluindo um "chairman". O objectivo é reforçar os mecanismos de controlo da equipa que vai ser liderada por António Ramalho.

Quanto ao processo de venda em curso, o Banco de Portugal quer fechar o processo durante 2016, estando em cima da mesa quatro propostas, muito variadas em termos de compromisso e de conteúdo: de BPI, BCP, Lone Star e Apollo/Centerbridge. As negociações individuais deverão ser retomadas em Setembro. 

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