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BCE dá luz verde a António Ramalho no Novo Banco
O novo CEO já pode assim suceder a Eduardo Stock da Cunha à frente da instituição que resultou da resolução do BES. Ramalho já reuniu inclusive com directores do banco esta sexta-feira.
O novo presidente do Novo Banco assumiu funções esta sexta-feira, 19 de Agosto, depois de ter recebido luz verde do Banco Central Europeu (BCE), sabe o Negócios. O supervisor europeu não terá colocado condições à aprovação do nome de António Ramalho para líder do banco de transição.
No entanto, o BCE assinalou a necessidade de o Novo Banco passar a ter um presidente não-executivo, um modelo que já estava a ser preparado.
António Ramalho já pode assim suceder a Eduardo Stock da Cunha à frente da instituição que resultou da resolução do BES. O novo CEO já reuniu inclusive com directores do banco esta sexta-feira.
Já esta tarde, o Novo Banco enviou comunicado à CMVM com esta informação.
António Ramalho, escolhido pelo Banco de Portugal para liderar o Novo Banco, deveria ter assumido funções a 1 de Agosto. Mas a entrada efectiva no Novo Banco estava dependente da avaliação da nomeação do gestor pelo Banco Central Europeu, que mereceu agora luz verde.
Desde 31 de Julho – quando Stock da Cunha deixou formalmente o cargo - que o Novo Banco estava sem presidente.
António Ramalho liderava a Infraestruturas de Portugal (a entidade que fundiu a Estradas de Portugal e a Refer e que passa a ser presidida por António Laranjo) e fica agora à frente da instituição financeira que se encontra em processo de venda.
Só em Setembro se saberá qual o modelo de venda escolhido: venda a investidores estratégicos ou alienação em mercado. No primeiro cenário há quatro propostas: BPI, Lone Star e Apollo/Centerbridge, a que se junta uma carta de "intenções", do BCP.
A venda em mercado poderá ser aprovada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários se apenas se destinar a investidores institucionais e não a particulares.
O Banco de Portugal mantém a intenção de fechar a venda até ao fim do ano. Se o banco não for vendido até Agosto de 2017, o Governo já admitiu que a instituição terá de ser liquidada.
A entrada de Ramalho traz ainda mudanças no modelo de governação para reforçar os mecanismos de controlo da equipa de gestão. Como o Negócios noticiou há cerca de uma semana, o banco passará a ter administradores não executivos, incluindo um "chairman".
A comissão de auditoria herdará competências do conselho fiscal, supervisionando a actuação de gestão, designadamente em matérias financeiras. Alterações que exigirão uma mudança dos estatutos do banco.