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Portugueses aumentam preferência por depósitos com prazos mais longos

Depósitos nos bancos portugueses voltaram a aumentar em 2013, ano em que o crédito concedido recuou pelo terceiro ano consecutivo.

Negócios 20 de Fevereiro de 2014 às 13:46
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Os depósitos junto dos bancos portugueses aumentaram 2,6 mil milhões de euros em 2013, totalizando 225,6 mil milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o Banco de Portugal no Boletim Estatístico.

 

De acordo com o banco central, para esta evolução contribuíram todos os sectores à excepção das instituições financeiras não monetárias (3,1 mil milhões de euros).

 

As empresas aumentaram os depósitos nos bancos em 2,5 mil milhões de euros, enquanto os depósitos dos particulares e das administrações públicas aumentaram, em ambos os casos, 1,6 mil milhões de euros.

 

O Banco de Portugal explica que o aumento dos depósitos das administrações públicas deve-se ao depósito de 2,4 mil milhões de euros por parte do Estado no banco central, devido aos fundos do empréstimo da troika que não foram utilizados.

 

Já no que diz respeito aos particulares, o aumento nos depósitos foi de 1,4%. “À semelhança dos últimos anos, em 2013 os particulares demonstraram uma preferência crescente por depósitos com prazos superiores a 2 anos”, refere o relatório do Banco de Portugal, exemplificando que “estes depósitos aumentaram 3,1 mil milhões de euros e representavam, no final do ano, 30,8% dos depósitos do sector”. Já os depósitos com prazos inferiores dois anos diminuíram 1,5 mil milhões de euros.

 

Crédito recua pelo terceiro ano consecutivo

 

Se os depósitos dos portugueses continuaram a aumentar no ano passado, o crédito concedido pelos bancos voltou a descer, reflectindo o processo de desalavancagem da economia portuguesa.

 

Os dados do Banco de Portugal mostram que o crédito concedido pelos bancos portugueses caiu em 2013 pelo terceiro ano consecutivo. Atingiu 330,8 mil milhões de euros no final de 2013, menos 13,6 mil milhões de euros do que no final de 2012.

 

O Banco de Portugal salienta que “este comportamento traduziu-se em taxas de variação anual sistematicamente negativas durante o ano de 2013”, apesar de a quebra ter abrandado ao longo do ano. Em Dezembro, a taxa de variação anual atingiu -5,6%, quando no período homólogo a queda foi de 9,7%.

 

Segundo o Banco de Portugal a contracção do crédito verificou-se em todos os sectores. Os empréstimos às empresas diminuíram 6,1 mil milhões de euros desde o final de 2012, sendo que a queda no crédito concedido abrandou em 2013 (-3%) face ao registado no ano anterior (4,3%).

 

Os empréstimos a particulares baixaram em todas as finalidades (decréscimos de 3,9 mil milhões de euros na habitação, 1,3 mil milhões no consumo e 0,7 mil milhões de euros nos outros fins).

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