Notícia
Plano de reestruturação do Novo Banco já seguiu para Bruxelas
O Fundo de Resolução já entregou em Bruxelas o plano de reestruturação do Novo Banco, apurou o Negócios. Venda de activos, redução de pessoal, fecho de balcões e saída de alguns países são as principais medidas previstas.
O plano de reestruturação do Novo Banco, peça essencial para o relançamento do processo de venda da instituição, já seguiu para Bruxelas. Ao que o Negócios apurou, o Fundo de Resolução, accionista único do banco de transição, já entregou o documento à Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia (DGComp). O processo de aprovação vai, a partir de agora, ser liderado pelo Ministério das Finanças, interlocutor directo da DGComp.
O objectivo do plano de reestruturação, desenhado pela equipa de Eduardo Stock da Cunha em linha com as preocupações do Fundo de Resolução e do Banco de Portugal, é garantir que a instituição tem condições de ser viável. Daí que esteja prevista a adopção de uma série de iniciativas destinadas a reduzir a sua dimensão e a sua estrutura.
Venda de activos não estratégicos, como a seguradora GNB Vida e o BES Vénétie, saída de alguns países, como Cabo Verde, redução do quadro de pessoal e encerramento de balcões são algumas das principais medidas a adoptar. Em relação aos recursos humanos, como o Negócios antecipou, a ideia é dispensar cerca de mil trabalhadores em Portugal, reduzindo a estrutura a menos de 6.000 quadros.
O plano de reestruturação, juntamente com a estratégia de capitalização do Novo Banco já nas mãos do Banco Central Europeu, são peças essenciais para que o Banco de Portugal possa relançar o processo de venda da instituição. A expectativa é que a DGComp e o BCE possam fazer a sua primeira avaliação destes documentos nas próximas semanas, para que a alienação da instituição possa ser retomada no início de 2016.