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Pedro Saraiva: "Considera-se provável que Salgado fez manipulação intencional das contas" da ESI

A comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e ao GES considera provável "o envolvimento de Ricardo Salgado na manipulação intencional de contas" da holding de topo do GES. Esta é uma das conclusões do relatório preliminar da CPI.

Bruno Simão/Negócios
16 de Abril de 2015 às 10:52
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O "pecado original" da queda do Grupo Espírito Santo e do Banco Espírito Santo reside na "ocorrência sistemática de práticas de ocultação do passivo desde 2000. Não foram erros contabilísticos", sublinhou Pedro Saraiva (na foto), o deputado do PSD que é o relator da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão do BES e do GES.

 

"Face ao estilo de gestão do GES e à centralização de poder em Ricardo Salgado, considera-se provável que Ricardo Salgado esteve envolvido na manipulação intencional das contas" da ESI, de que "teriam conhecimento, entre outros, José Castela", controller financeiro do grupo.

 

"A área não financeira passou de um endividamento de 3.000 milhões de euros em 2004 para 6.500 milhões em 2012. As dificuldades começam por surgir no ramo não financeiro, com

A ESI estava falida desde 2009. Com prejuízos acumulados de mais de 2.000 milhões de euros. E o GES tentou ocultar esta situação.
 
Pedro Saraiva

impactos primeiro na ESI. Em vez de conter os problemas neste nível, o grupo começou por apresentar contas desvirtuadas e alastra, então a outras empresas não financeiras e ao BES", sublinhou Pedro Saraiva.

 

"A crise financeira esteve na origem dos problemas, pois tornou mais difícil ao GES obter financiamento, sobretudo de médio e longo prazo. E houve conflitos de interesse por ser grupo familiar com gestão centralizada e frágil", defendeu o deputado relator na apresentação das conclusões preliminares da CPI à gestão do BES e do GES.

 

De acordo com os dados apresentados, a dívida financeira da ESI chegou a mais de 8.000 milhões de euros, o que tinha custos em juros de mais de 400 milhões anuais. "A ESI estava falida desde 2009. Com prejuízos acumulados de mais de 2.000 milhões de euros. E o GES tentou ocultar esta situação", afirmou Pedro Saraiva.

 

(Notícia corrigida às 12h11. Onde se lia "provado" deve ler-se "provável")

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