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Pedro Leitão: “Números da garantia pública são dececionantes”

CEO do Banco Montepio não compreende a quota de apenas 5 milhões de euros atribuídos à instituição na medida. Em entrevista ao Negócios e Antena 1, Pedro Leitão avança números modestos de adesão.

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Os números da garantia pública são "dececionantes". É desta forma que o CEO do Banco Montepio descreve a operacionalização do apoio criado pelo Governo para os jovens que recorrem a crédito bancário na compra da primeira casa.

"Se dependesse só desse número para ajudar os jovens a ter crédito à habitação, estava tramado", atira mesmo o banqueiro em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

A garantia do Estado permite o financiamento de 100% do valor dos imóveis, proporção que em circunstâncias normais seria impossível de atingir devido às regras de supervisão bancária.

O Governo distribuiu pelos 18 bancos aderentes os mil milhões de euros disponíveis numa primeira fase. A Banco Montepio couberam 5 milhões de euros.

"Ficámos muito surpreendidos, os números são dececionantes. A garantia vale 1.200 milhões de euros. O que veio a público é que terá sido distribuída tendo em linha de conta fatores como a quota de mercado, o que indicia que podem ter sido considerados outros. Mas se fosse só a quota de mercado, a nossa indiciaria que a garantia deveria estar mais próxima dos 60 ou 70 milhões do que dos 5 milhões", lamenta Pedro Leitão.

"Não é com esse número que vamos conseguir. Se dependesse só desse número para ajudar os jovens a ter crédito à habitação, estava tramado. 35% do crédito que concedemos no ano passado foi a jovens até aos 35 anos".

E até agora, no caso do Banco Montepio, a procura é modesta."Fizemos cerca de 2 mil simulações nas primeiras semanas. Em propostas concretas e entradas para análise está um pouco abaixo da centena", revela o CEO da instituição financeira.

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