O Santander Totta vai ter a maior fatia do valor que o Governo destinou à garantia pública no crédito à habitação para jovens.

O despacho do Ministério das Finanças que determina as quotas das várias instituições foi publicado em Diário da República nesta quarta-feira e determina que o Totta terá 259 milhões de euros, enquanto a Caixa Geral de Depósitos poderá conceder 257 milhões. O pódio fica completo com o BCP, que terá 185 milhões.

No restante conjunto dos maiores bancos nacionais, o BPI terá cerca de 150 milhões de euros e o Novo Banco poderá conceder 20 milhões de euros de crédito ao abrigo da medida.

Nota ainda para vários bancos de pequena dimensão que terão valores mais reduzidos, como a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo que terá 400 mil euros, ou as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo do Bombarral (200 mil euros), Leiria (300 mil euros), Mafra (400 mil euros) e Torres Vedras (200 mil euros).

Os três juntos têm cerca de 700 milhões de euros – ou seja, cerca de 70% do valor que foi para já distribuído. É que embora o limite máximo da medida seja de 1,2 mil milhões de euros, o somatório das parcelas que o Executivo destina a cada instituição resulta para já em mil milhões. "O montante da garantia de carteira de cada instituição pode ser objeto de reforço", esclarece o documento.

Consulte aqui a tabela que inclui todas as 18 instituições financeiras que aderiram à medida:

A garantia pública no crédito à habitação tem por objetivo facilitar a concessão de crédito a quem não tenha dinheiro para a entrada e que, desta forma, pode obter um financiamento da totalidade do valor. É que segundo as regras do Banco de Portugal, os bancos apenas podem conceder 90% do rácio LTV ("Loan-To-Value"), o que em grande parte dos casos significa que quem pede o empréstimo tem de ter dezenas de milhares de euros de capital próprio para completar a diferença.