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“O PS nunca defendeu nenhum empréstimo a Ricardo Salgado”

Pedro Nuno Santos desafiou o PSD a votar favoravelmente o artigo que prevê a verba de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. Os sociais-democratas voltaram a votar contra.

Miguel Baltazar
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Os problemas do sistema financeiro marcaram a manhã do último dia de debate sobre o orçamento do Estado, com a troca de acusações a começar na Caixa Geral de Depósitos e a desviar-se para o BES. Em resposta a Leitão Amaro, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, afirmou que o Governo "nunca defendeu um empréstimo a Ricardo Salgado" e que mais não faz mais do que corrigir "todos os dias" os problemas que herdou do passado.

Referindo as palavras do primeiro-ministro, que acusou o anterior executivo de ter "destruído o BES" o deputado do PSD Leitão Amaro sugeriu que que o PS teria "vergado perante Ricardo Salgado" dando "o dinheiro pedido", em linha com o que tem referido Maria Luís Albuquerque


Na resposta, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, respondeu que o PS nunca foi favorável a um empréstimo.

"O PS nunca defendeu nenhum empréstimo a Ricardo Salgado, e o senhor deputado (...) sabe isso precisamente". 

Em 2014, quando se tornaram públicos os problemas do BES, "foi feito o chamado ring-fencing", que isolou a parte financeira do grupo para a parte empresarial. 

"Pediram a Ricardo Salgado que salvasse o BES. Não foi o PS. Foi o Banco de Portugal, obviamente, mas o ministério das finanças liderado pelo PSD tinha também tutela sobre o sistema bancário português", referiu.

Sublinhando que o PS "encontrou um sistema bancário e financeiro" que "não teve a resposta que devia ter tido", Pedro Nuno Santos referiu que o que o Governo faz todos os dias é "tentar resolver os problemas do sistema bancário" que herdou.


O PS pediu a repetição da votação do artigo que prevê 2,7 mil milhões de euros para a recapitalização da Caixa e desafiou o PSD a votar favoravelmente. "Apelamos ao PSD que se una a todas as bancadas parlamentares e não inviabilize a capitalização pública das CGD".

O PSD, que tinha argumentado que não quer "passar um cheque em branco ao Governo", pedindo mais detalhes sobre o processo de recapitalização e reestruturação, voltou a votar contra.

Apesar do voto contra do PSD, a proposta que reforça as "despesas excepcionais" do ministério das Finanças em 2,7 milhões de euros foi aprovada com a abstenção do CDS e com os votos favoráveis das restantes bancadas.

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