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Ricardo Salgado já pode sair do país sem autorização do juiz
Caducou nos últimos dias a última medida de coacção ao antigo presidente do Banco Espírito Santo, suspeito de seis crimes.
Ricardo Salgado já pode viajar para o estrangeiro sem pedir autorização ao juiz Carlos Alexandre. A última medida de coacção a que o ex-banqueiro estava sujeito caducou nos últimos dias, segundo avança esta terça-feira o Diário de Notícias, que cita várias fontes ligadas ao processo.
Ricardo Salgado fica agora apenas sujeito ao termo de identidade e residência, que obriga a comunicar às autoridades ausências da sua residência por um período superior a cinco dias, mas goza de liberdade de movimentos.
O inquérito continua em investigação no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e Ricardo Salgado é suspeito de seis crimes: burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no sector privado.
Os crimes dizem respeito a actos de gestão no Grupo Espírito Santo e estarão estado na origem da queda, depois de o Banco de Portugal ter decidido avançar para a "medida de resolução".
À investigação do Ministério Público juntaram-se mais de duas centenas de queixas-crime apresentadas por pessoas que se consideraram lesadas, explica ainda o DN.
De acordo com último balanço da Procuradoria-Geral da República megaprocesso do Banco Espírito Santo tem onze arguidos, incluindo Ricardo Salgado, Isabel Almeida, antiga directora de finanças, ou António Soares, da BES-Vida.
Esta segunda-feira ficou-se a saber que os lesados do papel comercial do BES devem recuperar mais de metade do investimento, numa percentagem que vai depender dos montantes em causa. O anúncio deverá ser feito esta sexta-feira pelo primeiro-ministro.