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Nuno Amado: "Estão criadas as condições para o BCP ter uma base accionista mais forte"
O BCP já pode ter "uma base accionista mais forte", congratulou-se Nuno Amado à saída da assembleia-geral que aprovou o aumento do limite de votos para 30%. A Sonangol aprovou a medida, revelou o banqueiro.
"Estão criadas as condições para que haja accionistas que possam aumentar as suas posições para mais de 20% e para o banco ter uma base accionista mais forte", sublinhou Nuno Amado à saída da assembleia-geral que aprovou o aumento do limite de votos de 20% para 30%.
O banqueiro não adiantou de que forma é que esta mudança vai alterar a forma de o BCP reforçar o seu capital, mas deixou entender que o banco pode vir a tomar medidas nesse sentido a curto prazo, mas apenas em 2017. "Vamos analisar as consequências desta aprovação rapidamente, mas este ano só posso desejar um Feliz Natal", limitou-se a comentar Amado.
O líder o BCP não quis adiantar se, além da Fosun, também a Sonangol já tem autorização do Banco Central Europeu para passar a fasquia dos 20% do banco. Mas deixou claro que a petrolífera Angola "aprovou favoravelmente a alteração do limite de votos".
Recorde-se que esta alteração não foi aprovada a 21 de Novembro último, data do segundo encontro destinado a votar esta alteração, porque a Sonangol ainda não tinha luz verde do BCE para poder ter mais de 20% do BCP.
Já a Fosun tinha essa autorização e tinha acabado de investir 174,58 milhões de euros num aumento de capital destinado ao grupo chinês e que lhe permitiu passar a controlar 16,7% do banco, o que tornou o conglomerado de Guo Guangchang no maior accionista da instituição.
Nuno Amado acredita em Fosun com 30% do BCP
Depois da alteração de limite de votos aprovada esta segunda-feira, Nuno Amado acredita que a Fosun irá reforçar a posição no banco. "Temos os nossos acordos com a Fosun e temos a expectativa de que cheguem aos 30%", adiantou aos jornalistas, à saída do encontro de accionistas.
Sobre o facto de o Sabadell ter saído do capital do banco, com a venda surpresa de uma posição de 4,1%, o banqueiro apenas destacou o facto de essa participação ter sido absorvida pelos investidores. "A saída está feita. A participação está colocada no mercado e agora vamos pensar padrão futuro", sublinhou.
Em Bolsa, o BCP segue a recuar 1,7% para valer 1,1302 euros por acção.
(Notícia actualizada às 11:50 com mais informações)