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BCP regressa às quedas em dia de alteração nos limites de voto

As acções do BCP estão a acompanhar a tendência negativa do sector na Europa, num dia marcado pela nacionalização do maior banco da Ucrânia.

Miguel Baltazar
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As acções do Banco Comercial Português negoceiam em terreno negativo, corrigindo de dois dias em alta. Um desempenho que eleva para 69% a queda acumulada este ano e que mantém a capitalização bolsista do banco liderado por Nuno Amado abaixo dos 900 milhões de euros.

 

Os títulos recuam 1,26% para 1,135 euros, sendo que já durante a sessão chegaram a descer 2,39% para 1,122 euros. Um desempenho em linha com o sector europeu, já que o Stoxx Banks desce 0,89%.

 

A marcar o dia na banca europeia está a nacionalização do maior banco ucraniano e o arranque do aumento de capital do Monte dei Paschi.  

 

Passadeira vermelha à Fosun

 

No caso do BCP, o dia ficará marcado pela esperada aprovação da última condição para o reforço da posição da Fosun como maior accionista da instituição.

 

Os accionistas do BCP devem aprovar esta segunda-feira a proposta de alteração do limite de votos dos actuais 20% para 30%, cumprindo a última exigência feita pela Fosun para investir até 500 milhões no banco liderado por Nuno Amado. Se a proposta dos maiores accionistas for aprovada, o conglomerado chinês poderá percorrer a passadeira vermelha o que reforçará a sua posição como maior accionista da instituição, podendo elevar a sua participação até 30%.

 

A decisão dos accionistas será tomada na sessão destinada a concluir a assembleia-geral iniciada a 9 de Novembro, que acabou adiada para dia 21 desse mês e cujo encontro final tem lugar às 11:00 desta segunda-feira, 19 de Dezembro.

 

Ao que o Negócios apurou, já foi possível reunir o consenso accionista necessário para viabilizar a proposta de alteração de estatutos. Na sessão da AG realizada a 21 de Novembro, esta proposta acabou por não ser votada, uma vez que a Sonangol, então maior accionista do BCP, ainda não dispunha de autorização do Banco Central Europeu (BCE) para poder superar a fasquia dos 20% no banco.

 

As acções do BCP continuam a negociar abaixo do preço a que a Fosun pagou no recente aumento de capital do banco (1,1098 euros), bem como do preço que o Sabadell vendeu os títulos (1,15 euros).

Acções do BCP recuam 69% desde o início do ano:
 

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