Opinião
Bruxos, Sabadell e BCP
Quando um accionista de referência decide sair de uma posição perde-dora, o mercado não gosta.
O BCP, na semana passada, fechou ao nível mais baixo da sua História. Com quase 30 anos de presença na Bolsa portuguesa, a acção chegou a valer 120 vezes mais. Deprimente.
Para quem acompanha as minhas análises, não terá sido surpreendente a queda forte depois de atingir a importante zona de resistência entre os 1,32 e os 1,35 euros. Uns continuam a olhar para a análise técnica como uma espécie de bruxaria em que o analista técnico usa um turbante e uma bola de cristal, outros aproveitam os padrões que este género de análise proporciona para tomar boas decisões no mundo dos mercados financeiros.
A venda da posição de 4% que o Sabadell detinha no BCP despoletou as quedas. Quando um accionista de referência decide sair de uma posição perdedora, naturalmente que o mercado não gosta. É verdade que, com a entrada da Fosun, os espanhóis ficavam sem possibilidade de ter uma posição de controlo no Banco, mas a possibilidade de um novo aumento de capital é algo que o Sabadell também queria evitar.
Desde o início do ano que venho frisando que um dos aspectos que mais tem penalizado a cotação do BCP é esse espectro de um aumento de capital. Nenhum accionista forte vai querer entrar na acção, sujeito a enfrentar uma operação desse género num futuro próximo. Por isso venho defendendo que, apesar de poder ter um impacto negativo no curto prazo, seria muito importante que Nuno Amado e a sua equipa enfrentassem o problema de frente e anunciassem um aumento de capital o mais rapidamente possível. Por mais paradoxal que pareça, só isso estancará a sangria das cotações do Banco.
Eu, como analista técnico (ou bruxo, se preferirem), continuo de fora a ver o massacre. E só ficarei optimista quando vir os compradores fortes aparecerem e produzirem sinais relevantes. A ruptura da resistência dos 1,35 euros será o sinal decisivo e aí abandono o papel de Velho do Restelo. Mas, enquanto isso não acontece, mantenho o fato de urso vestido, enquanto assisto ao continuar da tempestade, independentemente do barco ter chineses, espanhóis ou portugueses. O que nunca faço é remar contra a maré.
Para quem acompanha as minhas análises, não terá sido surpreendente a queda forte depois de atingir a importante zona de resistência entre os 1,32 e os 1,35 euros. Uns continuam a olhar para a análise técnica como uma espécie de bruxaria em que o analista técnico usa um turbante e uma bola de cristal, outros aproveitam os padrões que este género de análise proporciona para tomar boas decisões no mundo dos mercados financeiros.
Desde o início do ano que venho frisando que um dos aspectos que mais tem penalizado a cotação do BCP é esse espectro de um aumento de capital. Nenhum accionista forte vai querer entrar na acção, sujeito a enfrentar uma operação desse género num futuro próximo. Por isso venho defendendo que, apesar de poder ter um impacto negativo no curto prazo, seria muito importante que Nuno Amado e a sua equipa enfrentassem o problema de frente e anunciassem um aumento de capital o mais rapidamente possível. Por mais paradoxal que pareça, só isso estancará a sangria das cotações do Banco.
Eu, como analista técnico (ou bruxo, se preferirem), continuo de fora a ver o massacre. E só ficarei optimista quando vir os compradores fortes aparecerem e produzirem sinais relevantes. A ruptura da resistência dos 1,35 euros será o sinal decisivo e aí abandono o papel de Velho do Restelo. Mas, enquanto isso não acontece, mantenho o fato de urso vestido, enquanto assisto ao continuar da tempestade, independentemente do barco ter chineses, espanhóis ou portugueses. O que nunca faço é remar contra a maré.
Nem Ulisses Pereira, nem os seus clientes, nem a DIF Brokers detêm posição sobre os activos analisados. Deve ser consultado o disclaimer integral aqui
Analista Dif Brokers
ulisses.pereira@difbroker.com
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