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Novo Banco fecha 2020 com prejuízos de 1.329,3 milhões de euros

O ano de 2020 foi o último do plano de reestruturação, como foi assumido por António Ramalho, CEO do Novo Banco. O banco tinha registado prejuízos de 1.058,8 milhões de euros em 2019.

Mariline Alves
26 de Março de 2021 às 16:53
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O Novo Banco registou prejuízos de 1.329,3 milhões de euros no total de 2020. Valor que compara com o resultado negativo de 1.058,8 milhões de euros que o banco liderado por António Ramalho obteve no ano anterior. 

Este resultado reflete "um impacto negativo de 300,2 milhões de euros resultado de avaliações independentes aos fundos de reestruturação,1.191,5 milhões de euros de imparidades e provisões, em resultado da descontinuação do negócio em Espanha e do agravamento do nível de incumprimento de alguns clientes (crédito a clientes, garantias e instituições de crédito), sendo 268,8M€ de imparidade adicional para riscos de crédito decorrentes da pandemia Covid-19" e "123,9 milhões de euros de reforço da provisão para reestruturação", refere o banco no comunicado divulgado esta sexta-feira.

Ao longo de do ano passado, o banco registou um "reforço de provisões no montante de 1.191,5 milhões de euros (+336,3 milhões de euros face a 2019), incluindo 268,8 milhões de euros reflexo da atualização da informação dos modelos IFRS 9 decorrentes dos efeitos da pandemia da Covid-19 e 550,2 milhões de euros de imparidades e provisões decorrentes do agravamento do risco do legacy (crédito a clientes, garantias e instituições de crédito) e da descontinuação do negócio em Espanha (166 milhões de euros)".


O produto bancário comercial ascendeu a 827 milhões de euros, em linha com o valor de 2019, "com a evolução positiva da margem financeira (+8,3%) parcialmente absorvida pelo decréscimo nos serviços a clientes (-12,9%), em resultado do atual contexto pandémico". 

Já os "resultados de operações financeiras foram negativos em 72,5 milhões de euros, reflexo da volatilidade nos mercados financeiros e de capitais em 2020 e dos resultados da operação de Liability Management Exercise (LME; -27 milhões de euros)".


Quanto às comissões, o "comissionamento decorrente da prestação de serviços bancários a clientes saldou-se por um contributo de 271,9 milhões de euros que compara com 312,3 milhões de euros no período homólogo (-12,9% vs 2019), refletindo um menor nível de transações e da atividade bancária em Portugal". 

Já os custos operativos recuaram 1,6%, "reflexo da contínua otimização e simplificação organizacional e de processos".

Sobre a qualidade dos ativos, o banco revela que o rácio de NPL desceu para 8,9%. Quanto ao capital, rácio CET 1 foi de 11,3%.

Crédito recua, depósitos sobem
O crédito a clientes (bruto) totalizou 25.217 milhões de euros, "apresentando uma redução de -0,7% face a dezembro de 2019, integralmente justificada pela carteira de crédito legacy".

Por outro lado, os recursos totais de clientes totalizavam 31,7 mil milhões deeuros no final de dezembro de 2020, "com uma ligeira redução de -0,3% face a 2019, sendo de destacar o acréscimo anual dos depósitos, que representam 82,4% do total dos recursos de clientes (+0,5% vs 2019)".

(Notícia em atualização.)
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