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Novo Banco com lucros de 137,7 milhões de euros no primeiro semestre

O banco liderado por António Ramalho já tinha obtido um lucro de 70,7 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, depois de ter concluído o processo de reestruturação no final do ano passado.

O Novo Banco, liderado por António Ramalho, deverá receber a nova injeção de capital até ao início de maio, tal como está definido no contrato.
Raquel Wise
02 de Agosto de 2021 às 16:37
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O Novo Banco obteve lucros de 137,7 milhões de euros no primeiro semestre do ano. Valor que compara com um prejuízo de 555,3 milhões de euros que o banco liderado por António Ramalho tinha registado na primeira metade do ano passado.

"O Novo Banco apresenta pelo 2º trimestre consecutivo um resultado líquido positivo", pode ler-se no comunicado enviado à CMVM esta segunda-feira, 2 de agosto, pela instituição financeira, acrescentando que "este desempenho demonstra a capacidade do negócio em gerar capital".

O Novo Banco mantém-se no caminho dos resultados positivos, depois de ter obtido 70,7 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, após o fim da reestruuração no final do ano passado. Desde que foi criado, é a primeira vez que o Novo Banco apresenta lucros em dois trimestres consecutivos.

Neste período, a margem financeira cresceu 13,1% face ao período homólogo, contribuindo para uma melhoria do produto bancário comercial, que aumentou 9,7%. De acordo com o banco, isto resulta "da redução das taxas médias dos depósitos, menor custo de financiamento de longoprazo, e manutenção da política de preços". 

Os lucros são também explicados pelos resultados de operações financeiras, que foram positivos em 93,3 milhões, "maioritariamente justificados pela evolução positiva das taxas de juro de mercado neste primeiro semestre de 2021".

Já os custos apresentaram uma redução de 4,7% face ao período homólogo, "reflexo da contínua otimização, simplificação organizacional e de processos, a par do investimento no futuro do negócio", explica o Novo Banco. Os custos com pessoal totalizaram 117,6 milhões de euros, o que representa uma redução de 2,9%.

Ao mesmo tempo que os custos recuaram, houve um alívio das imparidades e provisões. No primeiro semestre de 2021, o grupo registou um reforço de imparidades e provisões no montante de 89,2 milhões de euros (incluindo 35,2 milhões de euros de imparidade adicional no âmbito do contexto Covid-19). Ainda assim, representa uma redução de 74% face aos valores registados no período homólogo.

Crédito desce com "limpeza" do malparado
De acordo com o banco, o crédito a clientes, (bruto) totalizou 24.986 milhões de euros. Isto traduz uma descida de 0,9% face a dezembro de 2020. Esta evolução é "influenciada pela continuada estratégia de redução de créditos não produtivos".

Apesar da queda no crédito, as comissões cresceram. De acordo com o banco, o comissionamento do primeiro semestre de 2021 avançou 3,1% face ao período homólogo, totalizando 135,5 milhões de euros. No segundo trimestre, cresceu quase 73 milhões, ou seja, mais 14,5% face ao segundo trimestre de 2020. 

"Esta performance resulta do crescimento na receita dos meios de pagamento (+1,8 milhões de euros; +3,5%) assente num maior volume de transações/preço e no aumento do negócio de Bancasseguros e Gestão de Ativos (+4,6 milhões de euros; +17,5%) reflexo de uma maior dinamização comercial e maior apetite dos clientes para esta tipologia de produtos", diz o banco.

O banco terminou o semestre com um rácio de crédito malparado de 7,3%, em comparação com 8,9% em dezembro de 2020.

Por outro lado, os recursos totais cresceram 3,7% para 32,8 mil milhões neste período, com os depósitos a avançarem 3%.

22% do crédito em moratória
Até junho de 2021, havia 5,8 mil milhões de euros de créditos em moratória, menos do que os 6,9 mil milhões registados no final do ano passado, o que representa cerca de 22% da carteira de crédito a clientes. 

"As moratórias concedidas, no âmbito do quadro legislativo, abrangem cerca de 30% da carteira de crédito a empresas, 15% da carteira de crédito habitação e 3% da carteira de outros créditos a particulares, apoiando cerca de 20.000 clientes", refere o Novo Banco.

Além disso, foram concedidos 1,3 mil milhões de euros em linhas de crédito garantidas a empresas, dos quais cerca de 97% já desembolsados

(Notícia atualizada com mais informação.)
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