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Fundo de Resolução passa a pente fino 160 milhões do pedido de injeção do Novo Banco

O Fundo de Resolução recebeu o pedido de injeção de capital no Novo Banco de 598,3 milhões, mas diz que está a analisar certas matérias.

Máximo dos Santos lidera o Fundo de Resolução, que tem 25% do Novo Banco.
Duarte Roriz
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O Fundo de Resolução está a passar a pente fino matérias que integraram o pedido do Novo Banco para acionamento do mecanismo de capital contingente que excedem os 160 milhões de euros, anunciou a entidade liderada por Máximo dos Santos.

Em comunicado - divulgado depois de ter sido anunciado pelo Novo Banco que tinha pedido ao Fundo de Resolução uma injeção de capital de 598,3 milhões de euros, com base nas contas de 2020 – o Fundo de Resolução informa que vai analisar o pedido, mas vai já dizendo que, "relativamente a determinadas matérias, se encontra ainda em análise se os respetivos impactos nas contas do Novo Banco estão abrangidos, nos termos do contrato, pelo mecanismo de capitalização contingente", sendo que as "matérias em análise representam um montante que excede os 160 milhões de euros".

O Novo Banco apresentou os resultados de 2020, com um prejuízo superior a 1.300 milhões de euros, tendo acionado o mecanismo de capital contigente para repor os rácios de capital. 

"De acordo com os resultados divulgados, o pedido do Novo Banco relativamente ao pagamento a realizar nos termos do Acordo de Capitalização Contingente ascende a 598 milhões de euros", explicando o Fundo de Resolução que, "nos termos do contrato, serão agora realizados os procedimentos de verificação do valor calculado pelo Novo Banco, como aliás tem sucedido nos últimos anos".

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, realçou, em conferência de imprensa para apresentar as projeções económicas, que "o que conhecemos através do Novo Banco foi o pedido de acionamento do acordo de capital contingente", mas que "há, agora, um processo de validação desse pedido que decorrerá nas próximas semanas e o Banco de Portugal e o Fundo de Resolução farão o seguimento desse processo".

O pagamento será feito em maio, garante ainda o Fundo de Resolução, "cumpridos que estejam todos os requisitos e procedimentos aplicáveis". O Parlamento chumbou, no entanto, a verba inscrita no Orçamento do Estado para 2021 para o Novo Banco, de 476 milhões de euros. Mesmo assim tal como o Negócios noticiou, a verba pedida é superior a essa que estava inscrita no Orçamento.

Para Mário Centeno, aquilo que é mais importante é que os acordos sejam cumpridos. "Há sempre várias partes nos acordos e espero que isso aconteça exatamente nestes termos também". 
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